segunda-feira, 25 de julho de 2011

Liderando com visão e energia

Autor: Tom Coelho

Resenha

Conheça sete aspectos essenciais para liderar com base na neurociência.


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Tom Coelho, Robert Cooper, neurociência, superar expectativas, liderança,planejamento, metas, inovação, autocontrole, autorregulação, motivação,
comprometimento, concentração, administração do tempo, feedforward,
feedback, propósito, missão, visão, valores.

Categoria

Liderança, Administração do Tempo Liderando com visão e energia

"Não caminhe atrás de mim; eu posso não liderar.
Não caminhe na minha frente; eu posso não seguir.
Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo."
(Albert Camus)


Robert Cooper é um especialista em inteligência emocional e neurociência da liderança, autor da interessante obra "Get out of your own way", ou seja,"Caia fora de seu próprio caminho", numa tradução livre, na qual ele apresenta cinco chaves para exceder expectativas.

A estas cinco chaves, acrescentei outras duas, totalizando sete aspectos essenciais no processo de liderança. Vamos a eles:

Chave 1 - Lidere pelo exemplo

Uma meta é resultado de inteligência integrada aplicada. Suas decisões devem decorrer de união de três cérebros localizados na cabeça, no coração e nas vísceras. Liderar só com a cabeça limita a criatividade. Você deve ouvir seu coração, mas também dar atenção ao seu feeling - aquele frio na barriga que sentimos por ocasião de algumas ações.


Chave 2 - Administre a direção, não o movimento

As estatísticas apresentadas anualmente pelas revistas que relacionam as maiores empresas globais comprovam que a inovação aplicada gera lucro. Tanto que as companhias mais inovadoras conseguem auferir ganhos superiores a cada novo exercício.

A ciência para ativar este processo de inovação não está no autocontrole, através do qual a motivação torna-se efêmera e o comprometimento se esvai diante da agitação ou do estresse. O êxito está na autorregulação, um processo de vincular metas ao melhor resultado emocional possível.

Um ótimo mecanismo de liderança consiste em comprimir o tempo destinado a uma determinada tarefa ou meta. Assim, relacione suas metas programadas para o período de um ano, por exemplo. Em seguida, estude como realizá-las não em 12 meses, mas em apenas um semestre, um trimestre ou mesmo um único mês.

Lembre-se de que nosso cérebro adora jogar com a segurança. Por isso é tão confortável falar em metas para cinco, dez ou mais anos, pois nada será feito de imediato. Assim, desafie-se! Torne possível o que, à primeira vista, possa parecer impossível.

Chave 3 - Administre a concentração, não apenas o tempo

A neurociência confirma que somos maus administradores de nosso tempo. E, mais do que isso, sofremos forte tendência a perder o foco.

Algumas provocações para sua reflexão:

ü Em suas reuniões regulares, como você poderia reduzir em 50% ou mais o tempo gasto, mantendo ou melhorando os resultados?

ü Suas reuniões são agendadas para o início do expediente, por volta das 9h00, ou logo após o almoço, às 14h00, prolongando-se por todo aquele meio turno de trabalho? O que aconteceria se você iniciasse os encontros às 11h00 ou 17h00?

ü Quanto tempo você desperdiça diariamente em decorrência de interrupções, distrações, desorganização ou falta de planejamento?

ü Estabeleça uma hora por dia sem interrupções para você e neste intervalo trabalhe concentradamente em três objetivos específicos, reservando 20 minutos para cada um deles;

ü Um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado, aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward, ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em diante.

Chave 4 - Administre a energia, não o esforço

Faça pausas estratégicas de apenas 30 segundos a cada meia hora, e pausas essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhã e no período da tarde para aumentar sua energia e concentração.


Você pode fazê-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo água gelada, movimentando-se em direção a uma luz mais forte, entrando em contato com paisagens naturais, situações bem humoradas e expondo-se a mudanças visuais ou mentais. Estas ações podem garantir um incremento de até 50% no seu nível de energia, elevando a produtividade em até 10%. Seja rápido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade.

Além disso, administre a transição de seu ambiente profissional para o familiar. Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediária de até 15 minutos, período no qual deverá apenas cumprimentar carinhosamente seus familiares com no máximo 25 palavras. Procure desacelerar. Tome um banho, troque suas roupas, beba algo. Está comprovado que situações de conflito e argumentos prejudiciais começam ou se intensificam nos primeiros minutos após o regresso ao lar.

Chave 5 - Administre o impacto, não as intenções

O objetivo é reduzir o tempo pela metade e dobrar os resultados. No processo de monitoramento, faça medições semanais - elas aumentam significativamente a iniciativa e a responsabilidade pessoais no cumprimento das metas estabelecidas.

Procure avaliar como andam os níveis de energia e concentração da equipe.
Observe as economias de tempo e reduções de custo possíveis, onde foram obtidas e qual sua magnitude. Acompanhe a evolução da eficácia da equipe e o redirecionamento das metas com base no critério da prioridade.

Chave 6 - Compartilhe o propósito

Não são apenas as metas que precisam ser apresentadas à equipe. É fundamental compartilhar missão, visão e valores. As pessoas necessitam de um senso de finalidade para seu trabalho, compreendendo sua real contribuição para a organização.

Contudo, o fato é que muitos sequer sabem qual o produto ou serviço que oferecem ao mercado, quem são seus concorrentes, o que o consumidor espera da corporação e qual a posição estratégica que esta espera ocupar no mercado.

Chave 7 - Lidere com base nas três óticas

Há um objetivo fundamental que é de caráter corporativo. Independentemente de se tratar de uma empresa pública ou privada, os esforços de todos os profissionais devem estar a serviço de um resultado positivo capaz de apoiar, sustentar e conferir reconhecimento à organização.

Porém, para alcançar este resultado, o líder deve centrar foco na equipe, pois é o trabalho conjunto e multidisciplinar o instrumento catalizador do alto desempenho. Um líder deve questionar sua equipe sobre seu aprendizado buscando contribuição e não julgamento.

Mas equipes são formadas por pessoas e este é o último e essencial ponto de vista: o elemento humano. O desafio é conhecer, compreender e auxiliar cada colaborador a alcançar seus objetivos pessoais, enxergando-os como projetos de vida individuais.
Todos os dias os melhores líderes desistem de tudo o que conquistaram para se reinventar na busca pela excelência. Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos de que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz que conta, mas como você faz.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de "Sete Vidas - Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional", pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail mailto:tomcoelho@tomcoelho.com.br tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite:
www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br

O peso do QI na recolocação profissional

Autor Tom Coelho


Resenha

Currículos aleatoriamente enviados pelo correio ou preenchidos pela internet
podem se configurar em pura perda de tempo. O caminho para o emprego passa
pelo networking.


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Tom Coelho, Catho, desemprego, recolocação, currículo, entrevista,
networking

Categoria

Marketing Pessoal, RH

"Você é quem você conhece, não o que você faz."
(Azalba)


Já engordei as estatísticas do desemprego há alguns anos. Eram tempos em que atuava como executivo, ocasião na qual conheci o trabalho das empresas de recolocação profissional.

Foi quando aprendi a preencher adequadamente um currículo, além de ser orientado sobre como me portar em entrevistas. Também passei horas analisando companhias diversas, escolhendo aquelas nas quais gostaria de trabalhar para, ato contínuo, enviar-lhes meu precioso portfólio, agora maquiado e vitaminado, na expectativa de ser convocado.

Ledo engano. Já naqueles tempos, início dos anos 1990, os processos de recrutamento estavam mudando. Currículos aleatoriamente enviados pelo correio ou preenchidos pela internet podem se configurar em pura perda de tempo. Tornam-se lixo, físico ou eletrônico, antes mesmo que alguém leia o nome do remetente.

Pesquisa realizada em abril de 2011 pela Catho Online, com participação de 46.607 profissionais, indicou que 59,4% dos cargos foram preenchidos com base no QI do candidato. Não estamos falando do famigerado "quociente de inteligência", mas, sim, do "quem indicou". Networking, relacionamento, estas são as palavras de ordem. Há até quem opte por mudar de emprego graças à confiança depositada em quem lhe fez a indicação. Esses fatos levam-nos a algumas reflexões.

Sempre recebo mensagens de leitores comentando sobre sua insatisfação com a empresa em que trabalham. As queixas vão da falta de reconhecimento e ausência de desafios à baixa remuneração e inexistência de plano de carreira, passando inexoravelmente por problemas de relacionamento interpessoal, seja junto à direção, seja com os próprios colegas.

Estes profissionais vislumbram como única solução pedir demissão e buscar novos horizontes, como se o ambiente fosse a origem de todos os males, acreditando que em outra corporação os mesmos dissabores não acontecerão.
Pior, há aqueles que optam pelo desligamento sumário da companhia, passando por uma semana de regozijo até caírem em si e na realidade de que nos assuntos relacionados ao dinheiro, como diria Victor Hugo, é preciso ser prático.

Diante dos fatos, alguns cuidados devem ser tomados para que uma proposta pretensamente interessante não se apresente como uma armadilha:

1. Cheque a oportunidade de trabalho. Verifique se a mesma é concreta e, mais ainda, permanente. Pode tratar-se de uma posição temporária e que não lhe garantirá estabilidade.

2. Pesquise a empresa. A internet é fonte inesgotável de informações. Acesse o site da empresa e, depois, os buscadores, para obter mais informações sobre o perfil da companhia e sua posição relativa no mercado. Dê especial atenção aos valores declarados pela organização a fim de observar se estão alinhados com seus valores pessoais.

3. Dissocie relações afetivas e profissionais. Se a indicação dada foi positiva, ótimo. E fim da história! Não convém associar o nome da pessoa que recomendou você ou lhe sugeriu a vaga durante o processo seletivo ou mesmo após o término deste. Seja grato, mas seja independente.

4. Prefira o pouco certo ao muito duvidoso. A menos que você disponha de uma boa herança ou alguém que lhe sustente, abdicar de uma remuneração lhe trará mais preocupação, angústia e ansiedade. Peça demissão somente após ter firmado sua recolocação.

5. Caia fora na hora certa. Isso não é um jogo de pôquer, mas é um jogo. Se a proposta de trabalho não corresponder às promessas feitas ou não atender aos seus anseios, prepare sua saída o quanto antes evitando prolongar sua insatisfação.

Recorde-se sempre da importância do networking. Na Era da Integração, num mundo sem fronteiras e regido pela conectividade, não são dados ou informações, máquinas e tecnologia, que fazem a diferença. São pessoas. E mais do que isso, relacionamentos. Prova disso é que a mesma pesquisa mencionada no início do artigo indica que mais de 70% dos desempregados utilizam sua rede de contatos networking como meio de procura de emprego.
Analogamente, 75% das empresas utilizam como instrumento para divulgação de vaga a indicação de pessoas de dentro e de fora da corporação.

Por isso, cultive o hábito de conversar com estranhos, pessoas que lhe avizinham num saguão de aeroporto ou numa simples fila no cinema ou no banco. Frequente outros ambientes, seja um restaurante, um bar ou um museu, e converse com quem lhe rodeia. E lembre-se sempre de portar cartões de visita. Destas relações fortuitas, pode surgir um novo curso em sua vida.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de "Sete Vidas - Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional", pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail
tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite:
www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exuberância litorânea: dez sugestões de passeios à beira-mar na Grã-Bretanha

O verão na Europa ainda vai durar mais dois meses. Há tempo de sobra para visitar um dos vários balneários pitorescos da costa britânica. Escolha abaixo a sua praia


1. St Mawes, Inglaterra
Com clima quase mediterrâneo, o iatismo e a pesca são as principais atividades em St Mawes, situada na bela Carrick Roads, um porto natural e adorado por velejadores na região da Cornualha. Localizada na ponta sul da pitoresca península Roseland, esta comunidade à beira-mar também ostenta um belo castelo construído por Henrique VIII.

2. Brighton, Inglaterra
A apenas 30 minutos do aeroporto Gatwick de Londres, Brighton é uma cidade compacta, com uma grande quantidade de lugares para se visitar. Este efervescente destino praiano reúne animadas atrações, incluindo Manor Preston, o píer vitoriano e o Sea Life Centre. O Pavilhão Real, antiga residência do rei George IV, é um dos palácios reais mais exóticos e extravagantes da Europa.

3. Bamburgh, Northumberland, Inglaterra
Conhecidas como “Reino Secreto”, as praias deste condado no extremo norte da Inglaterra são espetaculares. Faça um passeio de barco para ver as reservas naturais de aves e as colônias de focas nas Ilhas Farne, atravesse a ponte para visitar o castelo de Lindisfarne, na Ilha Holy, ou caminhe em direção ao sul na Northumberland Coast Path para visitar Beadnell Bay. Bamburgh também abriga o belo Castelo de Bamburgh, onde o diretor Ridley Scott filmou cenas de Robin Hood, em 2010.

4. Moray Firth Coast, Escócia
Destino popular de férias há mais de um século, esta costa oferece vistas espetaculares dos penhascos e tem tudo para agradar aqueles que desejam férias com ação — ciclismo, surfe e caminhadas estão entre as atividades disponíveis. O contorno da costa é caracterizado pela paisagem rural, oferecendo aos visitantes a oportunidade de apreciar a beleza natural do litoral escocês, enquanto desfrutam de várias atrações interessantes, como o Castelo de Brodie e a Catedral Elgin, que datam do século XIII.

5. Gerrans Bay, Cornualha, Inglaterra
Gerrans Bay é um dos poucos lugares do litoral da Cornualha que ainda podem ser descritos como inexplorados. O porto de Portscatho é bem interessante, com suas lojas incomuns, restaurantes de frutos do mar e uma via costeira que conduz aos hotéis e pousadas em frente à praia. Esta aldeia no cume do morro já foi o lar de Gerannius, o rei da Cornualha.

6. Three Cliffs Bay, País de Gales
Cavalos selvagens podem ser vistos galopando em Three Cliffs Bay, cujo nome é uma homenagem ao trio de picos rochosos avistados no contorno da costa. Repleta de conchas, é uma das melhores praias da Grã-Bretanha. Há cavernas, dunas e ondas perfeitas para o surfe. Siga para a terra firme e visite o Castelo de Pennard. Construída no século XII, esta propriedade em ruínas tem muitas lendas com direito a fadas e magia.

7. Whitstable, Inglaterra
A apenas 96 quilômetros de Londres, Whitstable tem um porto agitado, praia com cascalhos, restaurantes de frutos do mar e lojas interessantes. Conhecida como a Pérola de Kent, é famosa por suas ostras, que já foram apreciadas por muitos, incluindo o rei Henrique VIII. Os visitantes podem passear pelo mercado de peixe, ver as casas construídas com tábuas de madeira e se aventurar pelas lojas que vendem de tudo, de antiguidades a artesanato local.

8. Anglesey, País de Gales
Além de ser o lar de William e Catherine – o duque e a duquesa de Cambridge, a Ilha de Anglesey ganhou o primeiro lugar na votação de lugares para se visitar em 2011, realizada pela BBC Television e jornal The Independent. Este destino imperdível no norte do País de Gales é encantador, e os viajantes vão apreciar as pitorescas casas de fazenda e pousadas, além dos castelos de contos de fadas nas proximidades. Afinal, uma viagem ao País de Gales não seria completa sem visitar um ou dois castelos, e não há lugar melhor para isso do que a cidade escolhida como moradia pelos recém-casados da família real.

9. Morecambe, Lancashire, Inglaterra
Morecambe Bay possivelmente tem a pesca mais variada de toda a Grã-Bretanha, além de ser famosa por seu Morecambe Bay Potted Shrimps, prato à base de camarão e dito como o favorito da rainha. O sofisticado Midland Hotel, localizado no vilarejo de pescadores, é uma maravilha em art déco, que passou por uma restauração em 2008, recuperando sua beleza original.

10. Llantwit Major, País de Gales
Atraente cidade litorânea, Llanwit Major faz parte dos 22,5 quilômetros de extensão da Glamorgan Heritage Coast, e fica a apenas 32 quilômetros da capital Cardiff. O local é repleto de cultura e tradição: o edifício da prefeitura, do século XV, a entrada medieval, as casas do século XVI e os pubs são passeios imperdíveis para os visitantes. Sua costa acidentada é procurada por quem gosta de mountain bike e surfe.

Para mais informações sobre turismo na Grã-Bretanha, acesse www.visitbritain.com

O Propagandista é eterno

Por: Floriano Serra*

Já há algum tempo tenho ouvido alguns especialistas da área farmacêutica afirmarem que a profissão de Propagandista está em extinção.

Sabem o que penso a respeito disso? Que é tão verdadeiro quanto o fim do mundo em 2012. Ou quanto o terremoto que deveria ter ocorrido em Roma no dia 12 de maio passado... Ou seja, puro achismo, a arte de achar que.

Com licença dos leitores, com a liberdade de quem não é especialista, vou me permitir também achar que.

Acho que certas atividades jamais poderão dispensar a presença do ser humano – e as do Propagandista é um perfeito exemplo disso. Simples assim. Os visionários que prevêem o fim da carreira do Representante afirmam que ele será substituído por notebooks, IPads, Iphones, Tablets e outras maquininhas geniais. Pode? Não pode.
Sou autor de um livro chamado “E por que não?” e ministro um “workshop” com esse mesmo nome, com o objetivo de desenvolver o pensamento criativo dos participantes, levando-os a acreditar que toda idéia é viável. Portanto, eu deveria ser a última pessoa do mundo a duvidar de qualquer sugestão, por mais absurda que pareça à primeira vista. Mas, convenhamos, tudo tem um limite. Quem lida com criatividade sabe que o “brainstorming” – a conhecida técnica de provocar “tempestades de idéias” – numa primeira etapa lida com o “impossível”, o “absurdo”, sem repressões, para numa etapa posterior usar o crivo da viabilidade, da possibilidade, da conveniência – enfim, da racionalidade.

Querem um exemplo? E por que não substituir o psicoterapeuta por um robô? Eis uma idéia sem nenhuma chance de aprovação, por motivos óbvios.
Na minha modesta opinião, o Propagandista está nesse mesmo barco. Não estou comparando sua profissão à do psicólogo ou do psiquiatra. Estou me referindo à importância da sua presença física na dinâmica do processo de apresentação dos produtos farmacêuticos ao médico.

O princípio da “venda” começa com a presença, a atitude, o carisma, a simpatia, a expressividade do Representante. A empatia, a afinidade e a fluidez da comunicação entre médico e Propagandista começam com a força da presença deste. No breve diálogo entre esses dois profissionais, não ocorre apenas uma simples transmissão de informações e dados - isso, sim, poderia ser passado até por um atraente folheto.

Trata-se de uma troca em que são esclarecidas dúvidas (impossíveis de serem previamente conhecidas) são respondidos questionamentos (idem), são feitas comparações (lembradas na hora), são dados exemplos para reforçar a informação, tudo isso com a ajuda da percepção e da intuição (que nenhuma máquina do mundo possui) e, principalmente, da parte mais importante, aquela que estabelece definitivamente a importância da presença do Propagandista.

Refiro-me ao seu contagiante calor humano, seu permanente sorriso e bom humor, sua inesgotável paciência, que se manifesta desde a longa espera para ser atendido até a compreensão diante da costumeira pressa do médico. Por essas e outras razões, não acho consistência na idéia de substituir esse profissional por uma máquina, por mais perfeita que seja. Acho que o Propagandista é eterno.

Para concluir, permitam-me um último achismo: acho que, ao invés de certos especialistas ficarem prevendo o fim dessa profissão, que reflitam e coloquem em prática idéias sobre como melhorar suas condições de trabalho e vida.
Porque, para quem conhece as árduas condições sob as quais a maioria desses valentes profissionais trabalha, sabe perfeitamente que muita coisa pode ser melhorada.
Simples assim.

Floriano Serra é psicólogo, escritor, palestrante, facilitador de seminários comportamentais e autor de vários livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano pessoal e profissional.. Foi diretor de RH e Qualidade de Vida da Apsen Farmacêutica, eleita.por 5 anos consecutivos “uma das melhores empresas para trabalhar”.(2004 a 2008)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

VisitBritain lança novo evento de negócios com fornecedores britânicos

Workshop TAM Grã-Bretanha será realizado no dia 13 de setembro em São Paulo e no dia 15 no Rio de Janeiro, com a participação de mais de 20 parceiros de turismo da Inglaterra, Escócia e do País de Gales

Pela primeira vez desde que mantém operações no Brasil, o VisitBritain, escritório oficial de turismo da Grã-Bretanha, vai organizar um evento exclusivo para aproximar parceiros britânicos de operadores e agentes de viagem brasileiros. O Workshop TAM Grã-Bretanha será realizado em duas etapas: a primeira, em São Paulo, acontecerá em 13 de setembro no Centro Brasileiro Britânico (rua Ferreira de Araújo, 741, Pinheiros), e receberá o trade da Capital e do interior paulista, e de cidades da América do Sul. A segunda etapa será no Rio de Janeiro, no dia 15 de setembro, no Pestana Rio Atlântica Hotel (Av. Atlântica, 2964, Copacabana), e reunirá convidados do mercado fluminense e de outros Estados do país.

Os operadores e agentes de viagem brasileiros terão a oportunidade de fazer negócios com mais de 20 fornecedores britânicos, de diferentes segmentos – entre eles London and Partners (o órgão de turismo da cidade de Londres), London Eye e Madame Tussauds (ambos do grupo Merlin Entertainments), The Goring (o hotel onde Kate Middleton se hospedou na véspera do casamento com o Príncipe William), o outlet de grifes de luxo Bicester Village (próximo à cidade de Oxford) e Historic Royal Palaces (instituição que mantém atrações como a Torre de Londres e os Palácios de Kensington e Hampton Court), além de empresas locais de turismo receptivo.

Para garantir maior produtividade nas reuniões, os participantes farão um agendamento prévio, quando poderão selecionar o fornecedor britânico e o horário desejado para rodadas de negócios de 15 minutos de duração, que acontecerão em turnos da manhã e da tarde. O Workshop TAM Grã-Bretanha estará aberto a operadores e agentes convidados pelo VisitBritain e pela TAM, parceira no evento.

Robin Johnson, gerente do VisitBritain para a América Latina, explica que o novo modelo de negócios atende a um pedido tanto do trade brasileiro quanto dos fornecedores britânicos, cada vez mais interessados no bom desempenho do Brasil. No ano passado, 175.000 brasileiros visitaram a Grã-Bretanha, o que representou um aumento de 15% em relação ao ano anterior. “Com o casamento real, realizado em abril, e dois eventos importantes em 2012 como as Olimpíadas e Paraolimpíadas de Londres e o Jubileu de Diamante da Rainha Elizabeth II (60 anos de reinado), a procura por viagens para a Grã-Bretanha deve crescer ainda mais”, diz Robin. “O workshop é a garantia de que os operadores e agentes terão todos os contatos, novidades e informações que precisam para vender a Grã-Bretanha aos seus clientes.”


Para obter mais informações, entre em contato com

Mitsi Goulias
VisitBritain Brazil
t55 11 3245 7653
m55 11 8119 3161
emitsi.goulias@visitbritain.org

Conhecendo o Programa 5S

Por Sonia Jordão

Quando uma empresa decide implantar o Sistema da Qualidade tem diante de si inúmeros instrumentos, que visam melhorar o ambiente e as relações dentro e fora da empresa. Um desses instrumentos é o Programa 5S.

O Programa 5S foi desenvolvido no Japão. Trata-se de uma filosofia de trabalho que pretende superar antigos hábitos. O método visa obter um local de trabalho ordenado, limpo e saudável, ideal para a implantação de um sistema de gestão da Qualidade na empresa. Pretende, também, garantir o bem-estar das pessoas e sua valorização. O programa mostra os cinco passos necessários para evitar desperdícios e organizar trabalho, ambiente, informações e até nossa própria vida.

O termo 5S vem da letra “S” inicial das palavras japonesas que orientam o
programa: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Em português, introduziu-
se a palavra ‘senso’ e temos:

• Seiri – Senso de Utilização/Descarte: Nessa 1ª etapa é preciso separar o que é útil do que é inútil e o que é necessário daquilo que é desnecessário.
• Seiton – Senso de Organização/Ordenação: É chegado o momento de colocar cada coisa em seu devido lugar, identificar e mantê-las em seus lugares definidos.
• Seiso – Senso de Limpeza: Além de manter a área de trabalho sempre limpa, nessa etapa podemos mudar a disposição dos móveis, colocar uma planta no ambiente de trabalho e melhorar a iluminação do ambiente.
• Seiketsu – Senso de Higiene/Saúde: É bom criar condições que favoreçam a saúde física, mental e emocional das pessoas, além de conscientizar todos da importância da higiene pessoal.
• Shitsuke – Senso de Autodisciplina/Ordem mantida: Para que o programa tenha sucesso, é necessária a participação de todos. Trata-se de um processo contínuo, diário e permanente. É o momento da manutenção dos outros quatro sensos, de criar procedimentos para as atividades e fazer dos sensos um hábito.

A prática do 5S, se verdadeiramente vivenciado, garante bons resultados de mudança comportamental, pois modifica os ambientes de trabalho e gera envolvimento e comprometimento nas pessoas. Além disso:

Aumenta o fluxo de informações.
Facilita a arrumação interna e a procura de objetos.
Diminui custos.
Diminui a necessidade de espaço, de estoque e o desperdício.
Otimiza o tempo das pessoas.
Evita compras em duplicidade e o vencimento de prazos de validade.
Aumenta a segurança no trabalho, diminuindo os acidentes.

Melhora o aspecto visual dos ambientes.
Melhora a qualidade de vida.
Transforma o ambiente de trabalho em um local agradável e saudável.
Proporciona maior durabilidade dos equipamentos.
Melhora as comunicações interna e externa à empresa.
Melhora a imagem da empresa diante de seus clientes.

Veja que, embora aparentemente simples, não basta implantar o programa,
é preciso ter ação, atitude e hábito para mantê-lo. Então, que tal começar a
praticar?

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial
e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num
mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar
de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br,
www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br,
www.editoratecer.com.br.
e-mail: contato@soniajordao.com.br

Blog: http://soniajordao.blogspot.com

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