quarta-feira, 30 de março de 2011

Casamento Real: o que fará parte do cardápio?

Por: VisitBritain Brazil Uma das decisões mais importantes no planejamento de um casamento é o que servir aos convidados na festa. O príncipe William e Kate Middleton, o casal mais celebrado deste ano, enfrentam o mesmo dilema Em 1923, no casamento do então futuro rei George VI e da rainha Elizabeth (a Rainha Mãe), o bufê do casamento era composto de "Consommé à la Windsor, Suprèmes de Saumon Reine Mary, Côtelettes d’Agneau Prince Albert, Chapons à la Strathmore e Fraises Duchesse Elizabeth”. Quando a atual rainha Elizabeth II (na época princesa Elizabeth) casou-se com o príncipe Philip, em 10 de julho de 1947, o cardápio estava novamente em francês e era composto de Filet de Sole Mountbatten; Perdreau en Casserole, Haricots Verts, Pommes Noisette e Salade Royale; Bombe Glacee Princesse Elizabeth; Friandises; Dessert. (veja tradução no final do texto). Ainda não foram divulgados detalhes sobre o cardápio ou o chef do casamento do príncipe William e Kate Middleton – também não se sabe se vão manter a tradição de ter o cardápio em francês, ou denominar os pratos em homenagem a membros da Família Real. Foi divulgado que "na chegada ao palácio de Buckingham, a rainha vai oferecer uma recepção aos noivos e convidados provenientes da congregação, representando a vida pública e privada do casal. O príncipe de Gales oferecerá um jantar particular à noite, seguido de dança, no palácio de Buckingham para o casal, seus amigos próximos e a família". Mas considerando as comidas e bebidas de excelente qualidade produzidas atualmente na Grã-Bretanha – desde uísque destilado nas ilhas escocesas Orkney até queijo feito na Cornualha – o cardápio oferecido certamente será de dar água na boca. Sem dúvida, haverá espumante no início da recepção, e não poderia haver lugar melhor para comprá-lo do que em um dos produtores de vinho espumante da Inglaterra, como Ridgeview em Sussex, que recentemente foi considerado pela revista Decanter o melhor vinho espumante do mundo, superando famosas produtoras de champanhe. Ou talvez o pai do noivo, cujos títulos incluem Duque da Cornualha e Príncipe de Gales, dará preferência a um espumante da Cornualha, como o Carmel Valley. É de se esperar que sirvam água com gás britânica – talvez de Malvern, que dizem ser a favorita da rainha, ou talvez água com gás escocesa, com muitas marcas sendo provenientes das montanhas de Ochil, não muito longe de St. Andrews, onde os noivos estudaram. Ostras afrodisíacas O salmão fazia parte do cardápio de 1923, e salmão defumado combina muito bem com espumante. Então, relembrando a época de universidade do casal apaixonado na Escócia, talvez eles apreciem os canapés de lá – a Escócia é famosa por seu salmão. Na verdade, a cozinha do palácio não vai precisar buscar seus ingredientes na Escócia – Formans, no leste de Londres, defuma salmão há mais de 100 anos. Talvez sirvam ostras de entrada, que em geral têm fama de envolver as pessoas em um clima romântico. Quem sabe algumas ostras deliciosas de West Mersea, no litoral de Essex? Richard Haward Oysters está no ramo desde o final dos anos 1700, e há ostras disponíveis durante o ano todo (a temporada de ostras começa em setembro). Outro local excelente para provar ostras é a moderna cidade de Whitstable, em Kent, que conta com um festival anual de ostras. O prato principal poderia seguir o exemplo de 1923, incluindo cordeiro (agneau): afinal de contas, dentre as melhores carnes de cordeiro estão as do País de Gales, onde o casal vai morar. Atualmente, restaurantes e amantes da culinária dão muita importância à procedência dos alimentos. Então, por exemplo, onde antigamente ofereceriam apenas "cordeiro" no menu, atualmente os cardápios especificam “cordeiro de leite galês”, ou para ser ainda mais preciso, “cordeiro galês do pântano salgado” (Welsh Salt Marsh Lamb) – considerada uma das melhores carnes de cordeiro que se pode comprar. Da mesma forma, é pouco provável que você leia em um menu de restaurante simplesmente "carne bovina", mas sim carne de gado negro galês. Ambos os pratos estão disponíveis em um dos melhores restaurantes/hotéis de Anglesey, no norte do País de Gales, o histórico Ye Olde Old Bulls Head, em Beaumaris. Especialistas em saúde sempre dizem que não devemos comer muito sal, mas ao temperar seus pratos, não há lugar melhor para obter sal do que Anglesey, onde o casal vai morar – o sal marinho Halen Môn é servido nos melhores restaurantes do país e do mundo, incluindo o famoso El Bulli na Espanha, The Fat Duck de Heston Blumenthal e, sem dúvida, no The Bulls Head Inn, em Beaumaris. Pudim e queijo Se os chefs de cozinha estiverem indecisos sobre que pudim preparar, eles deveriam se dirigir a Cotswolds, e se inspirar em algumas ideias do Pudding Club. Situado no Three Ways House Hotel, o clube acaba de comemorar seu aniversário de 25 anos e tem como objetivo manter viva a tradição dos famosos pudins britânicos. Eles realizam reuniões semanais, abertas a todos os interessados. O objetivo é, após degustar sete pudins tradicionais, escolher o mais saboroso da noite. As opções vão desde pudins de caramelo até tâmaras. Se houver prato de queijos, o principal problema talvez seja qual queijo escolher? Existem mais de 700 queijos produzidos na Grã-Bretanha atualmente, de acordo com o British Cheese Board , incluindo os "protegidos" pela União Europeia, como o Stilton ou o West Country Farmhouse Cheddar. Certamente os noivos vão querer evitar o Stinking Bishop, que significa literalmente “bispo fedorento” – e foi considerado o queijo mais fedorento em uma pesquisa recente. Sem dúvida, tudo vai funcionar perfeitamente, como um relógio, mas se de repente faltar algum produto na última hora, eles podem dar uma passada na Borough Market, feira que funciona de quinta a sábado e se tornou uma das atrações turísticas mais populares de Londres, famosa entre turistas e profissionais da área gastronômica. Alguns outros bons endereços pelo país para se comprar mercadorias em lojas aristocráticas incluem Holker Food Hall, aberto há dez anos na propriedade do Lorde e da Lady Cavendish, em Cúmbria, Chatsworth Farm Shop , na propriedade de Derbyshire, do duque e da duquesa de Devonshire; e Windsor Farm Shop, perto do parque do castelo de Windsor, onde os produtos incluem “carne de vaca das tradicionais criações britânicas, cordeiro, porco, aves e carne de caça das propriedades reais”. Tradução do cardápio: Consommé à la Windsor – tipo de sopa à moda de Windsor Supremes de Saumon Reine Maria – filés de salmão Rainha Mary Côtelettes d'agneau Prince Albert – costeletas de cordeiro Príncipe Albert Chapons à la Strathmore – um tipo de frango à moda de Strathmore Fraises duquesa Elizabeth – morangos Duquesa Elizabeth Filet de Sole Mountbatten – filé de linguado Mountbatten Perdreau en Casserole – perdiz em uma caçarola. Haricots Verts – ervilhas Pommes noisette – espécie de purê de batatas Salade Royale – salada real Bombe Glacee Princesse Elizabeth – sorvete Princesa Elizabeth Friandises – guloseimas Mais informações: Mitsi Goulias Gerente de Imprensa e Relações Públicas – VisitBritain Brazil T: + 55 11 3245-7653 E: mitsi.goulias@visitbritain.org M: +55 11 8119-3161 W: http://www.visitbritain.com

A Melhoria Contínua deve ser o maior desafio

Por Sonia Jordão “Todos nós somos ignorantes, só que em diferentes assuntos” (Will Rogers). As pessoas jovens ou velhas podem responder a qualquer desafio, a qualquer mudança, desde que lhes seja oferecido o apoio e a liderança de que precisam para usar seus talentos da maneira mais eficaz. É fascinante observar as pessoas de uma hora para outra desabrocharem e assumirem a liderança. Em um ambiente onde precisamos extrair cada boa idéia de cada membro da organização, não devemos aceitar estilos gerenciais que oprimam e intimidem. Podemos convencer esses líderes a mudar ou podemos afastá-los caso não consigam fazê-lo. Esse deverá ser o compromisso com a transformação da organização na busca da melhoria contínua. Com isso será determinado o futuro da confiança e do respeito mútuos que estamos construindo. Sabemos que sem líderes que praticam o que pregam todos os nossos planos, promessas e sonhos para o futuro serão apenas isso – uma pregação no vazio. O grande desafio do líder é responder às seguintes questões: Sua competência é suficiente apenas para arrumar o que está quebrado? Você é competente para melhorar o que já está bom? Você é suficientemente competente para melhorar o que está ótimo? Foi feita uma pesquisa e detectou-se o que os líderes ensinariam para seus filhos como sendo muito importantes. Veja se você também faria o mesmo: Cultivar um bom relacionamento com as pessoas é essencial. Transformar problemas em oportunidades é meta vital. É fundamental saber qual é o seu negócio. Duas cabeças pensam melhor do que uma. O sucesso é uma oportunidade aproveitada. Em time que está ganhando também se mexe. Trabalha-se para o futuro. Da ascensão profissional à vida esportiva, da liderança de projetos à vida familiar. Técnicas de liderança constituem-se como conhecimento e ferramentas indispensáveis, não só porque agregam valor a vida de cada um, mas também porque auxiliam no pleno desenvolvimento das potencialidades e da própria personalidade. Busque constantemente a melhoria em todos os setores de sua vida. Esta busca nunca deve terminar. Você só pára de aprender quando morre. Lembro-me de uma história de um velho que dizia que estava sempre aprendendo. Um dia, no seu leito de morte, não achavam uma vela para colocar-lhe na mão. Então, uma senhora foi até o fogão a lenha, pegou um pedaço de pau em brasa e o colocou na mão do velho. Ele viu aquilo e disse: – Não preciso de uma vela, só preciso de uma luz, e até na hora de morrer aprendo mais alguma coisa; e morreu... Então, se está vivo, não perca tempo! Extraído do livro de Sonia Jordão: A arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado. Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”. Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br. e-mail: contato@soniajordao.com.br Blog: http://soniajordao.blogspot.com Siga-me no twitter: http://twitter.com/soniajordao

quinta-feira, 24 de março de 2011

O relacionamento do líder com seus clientes

Por Sonia Jordão

“Se no final das contas é o cliente quem efetivamente aponta o caminho, quem indica as mudanças necessárias e quem viabiliza a satisfação de todos os interessados na empresa, por que tão poucas pessoas e empresas estão dispostas a ouvi-lo?” (Letícia Colombini)

Reflita se você conhece as respostas para as seguintes perguntas: Quem são seus clientes? Quantos de seus clientes compram regularmente os produtos da Empresa em que você trabalha? Como anda a concorrência? Quais são os 20% de seus clientes responsáveis por 80% de suas vendas? Quanto mais você conhecer seus clientes, mais poderá agregar valor aos produtos ou serviços que comercializa. Ouça seus clientes, vá até eles, comunique-se com eles.

Cada dia mais os clientes possuem necessidades diferentes. Suas expectativas hoje não são mais as mesmas de ontem, nem serão as mesmas de amanhã. Como as organizações precisam dos clientes para sobreviver e os líderes precisam das organizações para se realizarem profissionalmente, todos os líderes precisam se relacionar bem com os clientes da organização onde trabalham.

Quando trabalhar na área de vendas, procure individualizar o tratamento dado ao cliente, criar diferenciais que agreguem valor à organização. E nada melhor que um bom relacionamento com ele para conseguir isso. Aliás, procurar individualizar o tratamento dado ao cliente é fundamental. E o ideal é criar relações duradouras com eles. Essa é uma responsabilidade de todos na organização. O cliente quer se sentir importante e ser bem tratado por todos na organização.

Agora, atenção. A maneira como os colaboradores são tratados por seus líderes tem influência direta sobre o modo como eles tratam os clientes. E procure se lembrar do que disse Sam Walton, fundador da rede Wall-Mart, maior rede de varejo em todo o mundo: “Clientes podem demitir todos de uma Empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar”.

Os clientes estão se tornando cada vez mais exigentes e a concorrência cada vez mais acirrada. Os cidadãos, agora mais conscientes, querem que o setor público melhore seus serviços. Por isso, também os regulamentos de segurança estão ficando melhores. O fato é que o interesse pela excelência cresce a cada dia no mundo inteiro, fazendo com que as organizações procurem programas de melhoria de qualidade. Estão constatando que a má qualidade de seus produtos e serviços prejudica sua imagem diante do cliente.
Atendimento, do ponto de vista do cliente, é tudo aquilo que ele puder sentir ou perceber, inclusive tocar, ouvir, ver, segurar, usar, cheirar, provar o gosto, etc. E como cada pessoa percebe as coisas do seu jeito, a mais alta qualidade somente será possível com o atendimento diferenciado.

Quando se atende às necessidades, expectativas e desejos do cliente, a empresa está trabalhando com qualidade. A satisfação do cliente e a qua­lidade estão intimamente ligadas.

Mas, como saber o que o cliente deseja e necessita? Só mesmo perguntando a ele. Ouvir o cliente é um ponto de partida fundamental e deve ser uma atitude permanente. Se o cliente pensar que foi mal atendido provavelmente irá procurar refúgio no seu concorrente. E é muito mais caro recuperá-lo do que simplesmente mantê-lo. É bom ter consciência que os clientes não esperam que as empresas sejam perfeitas. Porém, querem que elas solucionem qualquer problema que possa ocorrer.

Extraído do livro A arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado.
Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br. e-mail: contato@soniajordao.com.br Blog: http://soniajordao.blogspot.com Siga-me no twitter: http://twitter.com/soniajordao

quarta-feira, 23 de março de 2011

Franquias – Chaves para ser bem sucedido!

Por Sérgio Dal Sasso,

Como escolher uma franquia?

Uma escolha, por parte do interessado, deve reunir aptidão, conhecimento, gosto pela atividade e recursos para o investimento. Na outra ponta e por parte do franqueador, espera-se um conjunto de valores que justifiquem o sucesso e histórico de uma marca, transparência no modelo de negócio proposto e suporte técnico que reúnam atrativos para viabilidade de investimentos e retornos ao franqueado.
Da reunião entre uma franquia atrativa e um franqueador com potencial para integrar o sistema, consolidasse o interesse mutuo, que nunca deve ser resolvido pela empolgação das apresentações, pois o interesse por um bom convívio e parceria deve envolver seguranças que qualifiquem a satisfação das partes, diante de um seletivo processo que ateste a segurança a ser verificada pelo bom andamento da rede e suas franquias e a identificação do histórico do próprio franqueado como parte adequada a somar nos negócios do grupo. Análise, pontos fortes e fracos, investimentos, suporte e relacionamento serão bases para a escolha e definição de parceria.

O layout, produtos, decoração, vitrine, etc, já vêm formatados ou há espaço para a criatividade do varejista?

Vai depender muito do modelo do sistema e do tipo de negócio ofertado. Na maioria dos casos existe um padrão a ser seguido, justamente para criar uma imagem única da rede, mas os produtos e serviços a serem oferecidos dependem dos gostos regionais e sempre devem exigir adequações por parte do franqueador para maximizar o potencial do negócio.
A criatividade e inovação do sistema sempre estarão ligadas a resultados e a sua forma de evoluir. Numa rede organizada sempre será de interesse do franqueador, a formação de um ambiente de troca, que vêm do entendimento que para se mudar é preciso saber ouvir diante da seleção de experiências e iniciativas bem sucedidas, que possam contribuir para o aperfeiçoamento dos processos do próprio modelo.

E os clientes? Vêm junto com a marca e/ou é preciso conquistá-los?

Um marca de tradição já é uma expectativa natural de fluxo de clientes e talvez esse fator, aliado a segurança, seja uma das grandes vantagens do sistema. Isso deve ser levado em conta como ponto de partida, mas evidentemente nenhum negócio prevalecerá pelo vegetativo da marca e sim pelo desempenho da atividade a ser instalada e sua capacidade de saber fazer bem feito no sentido de conquistar, atender, solucionar e manter seus clientes satisfeitos. Na verdade nos dias atuais, e no caminho de sermos competitivos, temos que vencer frente às enormes opções disponibilizadas pelo mercado para atender e servir os nossos potenciais consumidores, o que faz com que a conquista seja algo diário a ser trabalhado pelas organizações, independente do modelo de negócio, e diante de todos os estágios classificatórios de clientes a conquistar e conquistados.

Quais os cuidados que devemos, antes de optar por uma franquia? Explique.

Não devemos ter precipitação nas decisões, que antes devem ser alimentadas de paciência, num sentido de colher todas as informações que envolvem as bases do negócio e a confirmação da sua solidez. Região de escolha e custos devem se unir ao plano de investimento diante de um projeto que integre a nossa realidade e capacidade para formar um conjunto que nos clareie e ajude-nos a decidir. Alguns cuidados devem ser adicionados para assegurar as opções:

- Obter informações transparentes em relação à situação econômica e financeira da empresa franqueadora, pela própria entidade e juntos a órgãos representativos do sistema.

- Verificar em detalhes os valores e recursos a serem necessários para adquirir a franquia, suas exigências e fases dos investimentos.

- Verificar em detalhes sobre o suporte técnico e humano e outros benefícios que serão ofertados ao franqueado.

- Verificar os benefícios e custos inerentes as taxas a serem cobradas pela rede, incluindo royalties, verbas de marketing e outras taxas de serviços que eventualmente podem ser cobradas.

- Verificar o nível de satisfação do já franqueados e o modelo de relacionamento praticado dentro da rede entre franqueador e franqueados.

- Elaborar um planejamento criterioso, reunindo o plano total de investimentos versus desembolsos e expectativas de resultados nas formas de previsões detalhadas e realistas, para planejar o como e quando a operação pode começar a superar seus custos, amortizar seus investimentos e expectativas.

O franqueado conta com o apoio do franqueador? Em que sentido?

Deve sempre contar com o apoio continuo do franqueador e sua rede de suporte operacional, pois mesmo sendo o franqueado um empresário independente, sua opção por um de negócio baseado em franquias, inclui uma visão facilitadora em relação ao desenvolvimento da atividade pretendida, principalmente nos fatores que ligam a experiência da marca em todos os níveis de necessidade de um franqueador. A evolução de um sistema de franquia depende da qualidade dos seus franqueados e do reconhecimento da liderança destes pelo seu franqueador.
No dia a dia verifica-se que esse modelo de negócio será bem sucedido na medida em que haja capacidade de se estabelecer integração entre seus participantes, que devem superar conflitos pelo desenvolvimento de soluções comuns e positivas rumo à evolução e qualificação da marca, pelo amadurecimento e resultados das atividades dependentes.

Quando uma franquia pode significar um mau negócio? Por quê?

Existem vários fatores para que um negócio fracasse, e que normalmente estão ligadas as distorções que fazemos diante de uma visão inicial e a realidade operacional da atividade. Uma franquia é uma oportunidade de pertencer a um negócio onde a tese já foi testada e aprovada e sem duvida pode facilitar o desenvolvimento de uma nova atividade, porém não ausenta e nem limita a necessidade de termos competência como fator profissional.
Um mau negócio é decorrente geralmente da superficialidade, típicas de momentos onde a própria ansiedade, pelo querer andar rápido no desenvolvimento das coisas, supera a racionalidade da inclusão dos detalhes, que de alguma forma nos enriquecem de atenção diante dos projetos. O não prever, o não incluir, pode antecipar o tempo, mas normalmente num sentido de reduzir as expectativas entre empolgação e a ilusão.


SÉRGIO DAL SASSO
consultor empresarial, escritor e palestrante em temas ligados à administração de negócios, empreendedorismo, vendas, carreiras e educação corporativa
Portal: www.sergiodalsasso.com.br Email: falecom@sergiodalsasso.com.br

São quatro dicas importantes no dia a dia:

Por: Paulo Mendonça

CARTÓRIO NA INTERNET
Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.
AUXÍLIO À LISTATelefone 102... não! Agora é: 08002800102Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente sãoimportantes... NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.
Documentos roubados - BO (boletim de ocorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???
Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:Habilitação (R$ 42,97);Identidade (R$ 32,65);Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).
Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..
MULTA DE TRANSITO : essa você não sabiaNo caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito BrasileiroArt. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa.

terça-feira, 22 de março de 2011

Na trilha reluzente das jóias reais

Enquanto todos esperam para saber se a aliança de Catherine Middleton será feita de ouro proveniente do País de Gales, como as alianças de três gerações da realeza, o VisitBritain convida os turistas a explorarem o mundo das joias reais

A monarquia britânica sempre teve uma relação duradoura com as joias de modo geral, não apenas com as insígnias oficiais usadas em eventos do Estado, mas também com sua própria coleção pessoal. O príncipe Albert criou peças para a rainha Victoria. A rainha Mary tinha mais de mil tiaras. A finada rainha-mãe usava uma coroa especialmente concebida para sustentar o inestimável diamante Koh-i-Noor. A rainha Elizabeth II possui um broche que vale cerca de 50 milhões de libras.
CLOGAU GOLD, NORTE DO PAÍS DE GALES

Existe ouro vermelho nas montanhas galesas desde o período romano, ou até antes, e sua redescoberta na mina de St David, no Clogau (pronuncia-se "Clog-ai"), nas montanhas da Snowdonia, em 1854, desencadeou a corrida do ouro galês. Desde 1923, quando a aliança da rainha-mãe foi feita com uma pepita de ouro galês, a mesma matéria-prima foi utilizada para as alianças da rainha Elizabeth, da princesa Margaret, da princesa Diana, do príncipe Charles e da duquesa da Cornualha. O ouro galês já não é explorado comercialmente (Clogau fechou em 1998) e é extremamente raro, mas a rainha foi presenteada com um quilo de ouro de Clogau em seu aniversário de 60 anos.

Atividades
Excursões subterrâneas de uma hora na mina de ouro Dolaucothi, em Pumsaint, no sul do País de Gales (www.nationaltrust.org.uk), de abril a outubro.
As amostras magníficas do ouro galês incluem a pré-histórica Mold Gold Cape (capa de ouro que acredita-se ter feito parte de um traje cerimonial), em exposição no Museu Britânico (www.britishmuseum.org, entrada gratuita) e a taça de 40 cm de altura e 22 quilates de puro ouro galês, encomendada pelo proprietário da mina, Sir Watkin Williams-Wynn, em 1867. Agora a peça faz parte do acervo do Museu Nacional do País de Gales, em Cardiff (www.museumwales.ac.uk, entrada gratuita).
Comprar joias em Clogau Gold (www.clogau.co.uk): cada peça contém uma pequena quantidade de ouro galês misturado com ouro de outras minas para preservar o estoque, que deve se esgotar em 2016.
JOIAS DA COROA, TORRE DE LONDRES

As Joias da Coroa nunca tiveram um período fácil: a coroa do rei John afundou durante a travessia de Wash, a de Charles I foi confiscada por Oliver Cromwell para ser derretida ou vendida, a substituta de Charles II foi roubada pelo infame coronel Thomas Blood, que entortou a coroa para escondê-la em seu casaco antes de ser capturado e misteriosamente perdoado pelo rei, disseminando centenas de teorias de conspiração.

Atualmente, os visitantes são transportados em uma esteira rolante no sala subterrânea da Casa das Joias, na Torre de Londres (www.hrp.org.uk), passando ao lado de peças deslumbrantes, insígnias requintadas e séculos de história.

Você sabia?
As Joias da Coroa compõem uma coleção ainda utilizada para coroações e ocasiões oficiais, como a Cerimônia de Abertura do Parlamento.
Elas nunca saem do solo britânico: no exterior, a rainha usa tiaras, diademas e outras peças de sua coleção pessoal. A exceção é a coroa imperial da Índia, feita para a Delhi Durbar de 1911.
Elas são inestimáveis, não há como atribuir um valor às joias da Coroa, pois além do custo das peças, há o valor histórico a ser considerado.
Atividades
Veja as Joias da Coroa na Torre de Londres; a Casa das Joias está inclusa no preço do ingresso de £ 18,70 libras para adultos e £ 10,45 libras para menores de 16 anos. Os destaques da coleção são:
O Koh-i-Noor de 105 quilates na coroa da rainha-mãe (dá azar se usado por homens), e era ainda maior antes de o príncipe Albert reduzi-lo. O nome significa Montanha de Luz, en sânscrito.
A coroa minúscula de diamantes da rainha Victoria; as outras eram pesadas demais.
O Cullinan I de 530 quilates (primeira estrela da Índia), no cetro.
A Coroa Imperial do Estado, contendo mais de 2.800 diamantes.
Vitrine do passado e do presente das Joias da Coroa
Desde 2007, quando David Thomas da joalheria Garrard se aposentou, o joalheiro da Coroa passou a ser Harry Collins ( (www.gcollinsandsons.com), de Tunbridge Wells, o joalheiro pessoal da rainha desde 2000.
Garrard (www.garrard.com), localizada em Mayfair, Londres, foi designada a joalheria da Coroa pela rainha Victoria. A joalheria fez a coroa minúscula de diamantes mencionada acima e muitas outras peças das Joias da Coroa. Eles ainda possuem uma garantia real concedida pelo príncipe de Gales (Royal Warrant Holders, título dado às empresas fornecedoras de artigos e serviços para a família real, http://www.royalwarrant.org/directory/companies/garrard-co-ltd.html) e alegam ser "a joalheria mais antiga do mundo".
A Asprey (www.asprey.com), em Bond Street, Londres, também possui uma garantia real do príncipe de Gales. A marca fez a coleção de ouro de Asprey do ano da coroação, em 1953. Trata-se de um serviço de jantar em ouro 18 quilates, pesando 12 kg, tão espetacular que fez uma turnê pelo continente americano.
AS INSÍGNIAS DA ESCÓCIA

Mary Stuart, a Rainha dos Escoceses (Mary of Scots) chorou durante toda a sua coroação em 1543. Isso porque era um bebê: ela tinha seis meses de vida e estava adornada com as insígnias do reino, as joias da coroa escocesa, a coroa propriamente dita, o cetro e a espada.
As peças mencionadas acima são as insígnias mas antigas do Reino Unido e podem ser vistas no Castelo de Edimburgo (www.edinburghcastle.gov.uk), na Sala da Coroa, construída pelo filho de Mary, James VI:
A coroa foi feita em 1540 pelo ourives de Edimburgo, João Mosman, que derreteu a coroa existente para adicionar ouro escocês.
É quase certo que a espada foi dada a James IV da Escócia pelo Papa da época, Alexander VI, aproximadamente em 1494.
O cetro foi dado a James pelo Papa Julius II, em 1508.
Os objetos são formalmente apresentados a cada novo soberano e sempre estão presentes na Cerimônia de Abertura do Parlamento Escocês.
Vejas as insígnias no Castelo de Edimburgo durante o ano todo. O ingresso para o castelo (incluindo a Sala da Coroa) custa £ 12 libras para adultos, £ 6,50 libras para crianças e é grátis para menores de 5 anos.
CONFRARIA DOS OURIVES

O Salão dos Ourives, na Gresham Street, em Londres, está neste local desde 1339. É a sede da Worshipful Company of Goldsmiths (www.thegoldsmiths.co.uk), uma das doze grandes confrarias de ourives.
O rei Edward I deu-lhe o símbolo da cabeça de um leopardo, em 1300, por estatuto real.
Todos os metais preciosos tinham de ser testados e marcados no salão, daí a expressão "marca do salão" (ourives desonestos eram humilhados em um primeiro delito, depois tinham um membro amputado e então eram condenados à morte).
Ainda é realizado o teste anual de píxide, quando se avalia o conteúdo de metal precioso na moeda do reino por um comitê de ourives.
Abriga uma das quatro contrastarias do Reino Unido, responsáveis pelo controle e marcação de todas as joias que contenham metais preciosos no país.
Atividades
Você pode ver a sala de píxide original e extremamente protegida no claustro da abadia de Westminster (www.westminster-abbey.org).
Há excursões gratuitas de uma hora pelo Salão dos Ourives e ocorrem várias vezes por ano.
A Feira dos Ourives, uma enorme exposição anual de ourives contemporâneos, é realizada anualmente durante dois finais de semana de setembro.
O BAIRRO DAS JOIAS DE BIRMINGHAM

A cidade de Birmingham (www.visitbirmingham.com), no coração da Inglaterra, é famosa por seus metalúrgicos desde o século XIV. Isto aliado ao fato de que não existiam associações comerciais – ao contrário do protecionismo de Londres – e era o centro da rede de canais do século XVIII, fazendo da cidade o movimentado polo de produção de joias. A corrida do ouro do século XIV teve o seu auge em 1914. Hoje em dia, há várias atividades em Birmingham relacionadas ao bairro das joalherias.

Atividades:
Compras! Há cada vez mais estilistas novos e criativos trabalhando no bairro das joalherias, no qual se produz 40% das joias do Reino Unido.
Brilliantly Birmingham (www.brilliantlybirmingham.com), o Festival Internacional de Joias Contemporâneas, ocorre anualmente, de novembro a janeiro.
O Museu do Bairro das Joias (www.bmag.org.uk) era uma pequena fábrica do século XX, que pertencia à família Smith – Sr. Tom, Sr. Eric e Sra. Olive – e agora é aberta ao público. É possível fazer uma visita guiada pela fábrica, de terça a sábado, com entrada gratuita.
No site do bairro das joias (www.jewelleryquarter.net) pode-se baixar um guia de caminhadas pelo bairro – Pavements Walks e Buildings Walk – projetado por artistas contemporâneos.
A contrastaria de Birmingham (www.theassayoffice.co.uk) é a mais movimentada do país: você pode agendar uma visita, levar objetos para serem avaliados ou comprar peças de prata de lei marcadas em Birmingham na loja de suvenires.
Faça um curso de 1 a 5 dias na Escola de Joalheiros da Universidade da Cidade de Birmingham (www.schoolofjewellery.co.uk), de junho a agosto.
COMPRAS DE JOIAS EM LONDRES

Além das joalherias da Bond Street, Londres tem dois outros bairros famosos que vendem joias:
Hatton Garden (www.hatton-garden.net) está no limite da cidade de Londres e abriga mais de 300 negócios relacionados ao ofício da joalheria, sendo mais de 30 lojas. O local se desenvolveu depois da corrida do ouro de Kimberley do século XIX, e na década de 1870 foi fundado o bairro das joias de Londres. Hatton Garden costuma ser a primeira opção para muitas pessoas à procura de alianças de noivado ou presentes de casamento. No site, é possível baixar um ótimo guia de caminhada histórica.
Se você gosta de prata, siga para London Silver Vaults (www.thesilvervaults.com), saindo da Chancery Lane, "a maior coleção do mundo de pratas para varejo". O local começou como o “cofre seguro de Chancery Lane”, em 1876, para pessoas ricas que queriam guardar seus objetos de valor, mas na Segunda Guerra Mundial abrigou muitos comerciantes de prata e logo se tornou um ponto turístico de Londres. Lá é possível comprar e vender prata ou avaliar ou consertar peças de família.

NOVOS DESIGNERS
A Associação de Joalheiros Britânicos (www.bja.org.uk) tem uma lista de joalherias, galerias e exposições, como a Dazzle (Londres) ou The Jewellery Show (Birmingham), e sugestões de peças sob encomenda.
A premiação de joias do Reino Unido (www.ukjewelleryawards.co.uk) ocorre todos os anos no mês de julho, e identifica os melhores do segmento, visitando designers em seus ateliês e enviando funcionários disfarçados de compradores para avaliar o trabalho deles.
Veja também The Cut (www.thecutlondon.com), que tem uma lista de novos designers de joias sofisticadas em Londres.
Artigo com diretos autorais livres de Sophie Campbell

Mais informações:

Mitsi Goulias
Gerente de Imprensa e Relações Públicas – VisitBritain Brazil
T: + 55 11 3245-7653
E: mitsi.goulias@visitbritain.org
M: +55 11 8119-3161
W: http://www.visitbritain.com

Quem manda aqui sou eu!

Por: Dalmir Sant’Anna

No parque do Beto Carrero World, observo atentamente, dois jovens a minha frente, na fila da montanha russa. Empolgado, um deles tenta convencer o colega temeroso a passear no brinquedo radical. Desperta minha atenção, a maneira como os pensamentos negativos ocultam a oportunidade de sentir algo novo. O colega empolgado enaltece sua alegria, enquanto o temoroso insiste em falar que faltará energia elétrica, que ele vai sofrer um desmaio ou irá chover no momento que o brinquedo realizar um dos cinco loopings. Diante dos estudos que realizo sobre o comportamento humano, constato que normalmente, algumas pessoas projetam desastres iminentes que jamais acontecerão. Pensam de maneira negativa antes de realizar qualquer atividade. Mas, quem manda na sua vida? O medo é maior do que sua capacidade de descobrir novas oportunidades na vida? Confira quatro razões para acreditar que: quem manda na sua vida é você!

Sorrir faz bem a saúde – Um sorriso é um convite de aproximação. Uma pessoa com excelente astral apresenta menos problemas emocionais. Quando você sorri, faz entrar e sair mais ar dos pulmões, do que durante a respiração regular, estimulando a circulação sanguínea. As bochechas se contraem e o sangue que corre pelo cérebro se esfria. Essa corrente sanguínea passando pela cabeça é um dos responsáveis pela sensação de bem-estar. Que tal um sorriso agora?

Confie mais no seu potencial – Quando você era criança, para aprender a andar de bicicleta, foi preciso demonstrar confiança em si e como resultado, sentir a sensação de pedalar descobrindo novas emoções. O que impede de encontrar dentro de você, a força impulsionadora para uma maior confiança?

Deixe o medo para os fracos – O poder destrutivo do medo ocupa na mente do ser humano, um significativo espaço que poderia ser ocupado com alegria, esperança e capacidade de transformação. Fortaleça diariamente sua autoestima, acredite nas suas competências e tenha como hábito escolher pensamentos produtivos e otimistas.

Pare com as desculpas – A cada novo amanhecer, procure lembrar que desculpas não tornam você uma pessoa vitoriosa. A ausência de uma atividade física não pode mais ser justificada com desculpas. Sentimentos como bom humor, coragem, energia positiva, felicidade e otimismo são essenciais para quem deseja substituir desculpas por resultados.

Comentei no início do texto sobre os dois jovens, que estavam a minha frente na montanha russa. Ao contrário de curtir o momento e aproveitar a sensação indescritível do sobrevoo que o brinquedo proporciona, o jovem demonstrou nítida falta de confiança. Agora responda: Qual dos dois jovens seria você? Lembre sempre de um provérbio alemão que diz: “O medo e uma desculpa fazem o lobo ser maior do que realmente é na realidade”. Quando as desculpas, o medo e a falta de confiança pensarem em dominar você, com convicção, mostre quem é que manda na sua vida, combinado?

Dalmir Sant’Anna – Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de Diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.br

domingo, 20 de março de 2011

Visite o blog janerangel.blogspot.com

O cliente é o maior patrimônio da organização

Por: Sonia Jordão

“Clientes podem demitir todos de uma empresa, do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu dinheiro em algum outro lugar.” (Sam Walton, fundador da rede Wall-Mart).

Quem são seus clientes? Quantos de seus clientes compram regularmente os produtos da organização em que você trabalha? Como anda a concorrência? Quanto mais você conhecer seus clientes, mais poderá agregar valor aos produtos ou serviços que comercializa. Ouça seus clientes, vá até eles, comunique-se com eles.

As organizações precisam dos clientes para sobreviver e as pessoas precisam das organizações para se realizar profissionalmente, portanto todos os colaboradores precisam saber se relacionar bem com os clientes da organização.

O ideal é criar relações duradouras com seus clientes, e isto não é responsabilidade somente do setor de vendas ou marketing; é responsabilidade da organização inteira. O cliente quer se sentir importante e ser bem tratado, desde a telefonista ou recepcionista até a alta direção.

A maioria das empresas bem sucedidas são aquelas que constroem relações do tipo ganha-ganha com seus clientes, que buscam conquistar a confiança e a ver qual o foco do cliente para, aí, procurar satisfazer suas necessidades. À medida que isso ocorre, todos buscam o sucesso mútuo.

As pesquisas mostram que a maneira como os colaboradores são tratados por seus líderes tem influência direta sobre a forma de atendimento aos clientes. Portanto, é preciso ter consciência de que a forma como um executivo trata seus colaboradores pode refletir na forma como estes tratam os clientes.

Os clientes estão se tornando cada vez mais exigentes e a concorrência cada vez mais acirrada. O fato é que o interesse pela excelência cresce a cada dia no mundo inteiro, fazendo com que as organizações procurem programas de melhoria de qualidade. Estão constatando que a má qualidade de seus produtos e serviços prejudica sua imagem e para evitar que isso aconteça, passam a investir em programas de melhorias.

Se algum problema acontecer o mínimo que os clientes esperam é que você solucione esse problema, quando eles ocorrerem. A organização pode até não ser perfeita, mas é preciso ter cuidado quando algo der errado.

Geralmente, quando o cliente reclama é porque quer continuar com a empresa. Além disso, ele é um consultor gratuito para qualquer organização. Mas, como saber o que o cliente deseja e necessita? Só mesmo perguntando a ele. Ouvir o cliente é um ponto de partida fundamental e deve ser uma atitude permanente.

“Um cliente mal atendido provavelmente irá procurar refúgio no seu concorrente e recuperá-lo custará pelo menos dez vezes mais do que simplesmente mantê-lo.” (Mauro Silveira).

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br. e-mail: contato@soniajordao.com.br Blog: http://soniajordao.blogspot.com Siga-me no twitter: http://twitter.com/soniajordao

Quem disse que competir é ruim?

Por: Alessandra Assad*

No mercado corporativo a disputa está se acirrando na velocidade da luz. Ela aumenta a cada semana, a cada minuto. Com tanta pressão que envolve o sistema, diariamente me deparo com pessoas que me perguntam: valerá a pena? Haverá absorção desse mercado para todos?
Reavaliando alguns conceitos e deixando o otimismo de lado, eu penso que embora o crescimento do mercado não acompanhe o número de profissionais disponíveis, ele continua sendo um elo diretamente proporcional. Basta observarmos a estagnação que existia no mercado da educação há alguns anos, quando tínhamos poucas opções de escolha de trabalho. Quem quisesse trabalhar numa grande empresa, estudar numa grande universidade, precisava arrumar as malas e despedir-se da família em prol de um sonho, de busca do mercado grande e profissional, que girava apenas em torno das grandes capitais brasileiras.
Em muito pouco tempo, em menos de uma década, as coisas mudaram, e muito. Embora alguns novos profissionais tenham adquirido a doença da estagnação, foi justamente este o “mal”, que atingiu principalmente aqueles que já estavam no mercado, abrindo um “vácuo”, possibilitando que bons profissionais viessem para cá e tomassem, justamente, o lugar daqueles que deixavam a desejar em matéria de profissionalismo. Ainda hoje o fenômeno acontece, embora em proporções menores, em razão do “toque de acordar”, conseqüência felizmente já percebida em todas as áreas.
Quem disse que competir é ruim? É claro que ninguém gosta de perder, mas quando a parada é dura, a vitória tem muito mais sabor. E é isso o que vem acontecendo. O mercado está aí e as portas estão abertas. Acesso ao diploma, muito em breve, todos terão, o que vai contribuir para a melhora da educação no País. Mas o que cada profissional vai fazer da sua vida, só vai depender da vontade individual.
Quanto maior a concorrência, maior o esforço de cada um de nós em sermos bons e respondermos para o mercado que há espaço sim para cada um de nós mostrarmos nossas potencialidades. Afinal, o que mais falta no mercado hoje é qualificação profissional e gente com vontade de suar, trabalhar e se comprometer com o futuro. É preciso abraçar o mundo e acreditar que todas as estrelas nasceram para brilhar, embora algumas brilhem mais do que as outras. Esse é o processo natural da vida, e não seremos nós que vamos mudar.
A oferta é grande, mas a procura pela competência é ainda maior. Há lugar sim para todos, desde que sejam bons. Só esses sobreviverão. E a resposta? Você não vai encontrá-la na faculdade, nem na escola, nem com seus colegas. Procure no mercado, só ele a terá. E não esqueça do velho ditado: ”quem procura, acha”.

*Alessandra Assad é diretora de redação da revista VendaMais. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é palestrante, professora universitária, colunista de marketing e propaganda, e autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.
E-mail: alessandra@alessandraassad.com.br
Site: www.alessandraassad.com.br

A diversidade gera valor

Por: Jane Rangel

Valor gera concorrência.
Ter profissionais ecléticos e inovadores, em sua empresa, geram novos recursos e visão empreendedora. Sair do tradicional é moda. Terno e gravata, não marcam competência. Empresários que ainda, não assimilaram que sua empresa depende da satisfação interna de seus profissionais, que respeito, gera respeito, acabam perdendo. Se você tem uma equipe envolvida, terá resposta positiva. Caso contrário, essa equipe terá pessoas nervosas e sem paciência para viver o dia a dia da empresa. Pessoas que trabalham com medo -por não saber como aquele gestor estará naquela manhã. Gerando uma energia ruim, uma postura de insastifação, desejos sombrios que passam a ansiar a falha do outro. Dar um simples sorriso, faz toda a diferença. Quem dá, recebe.
Trate bem seu funcionário, porque sem ele seu negócio não terá sucesso.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Algumas razões para trabalhar em equipe

Por Sonia Jordão

“Por trás de um homem competente há sempre outros homens.” (provérbio chinês)

Começo este artigo com algumas razões que justificam a montagem de uma equipe de trabalho dentro da empresa:

· Embora queiram, os gerentes não podem tomar todas as decisões, porque o trabalho está ficando complexo demais.
· O know-how é de domínio de algumas pessoas que possuem esse conhecimento específico e são elas que fazem o trabalho.
· Está ficando difícil fazer o trabalho individualmente. A produtividade está inadequada, a comunicação não tem sido boa e começam a existir conflitos que abalam o moral.
· O tempo para executar a tarefa é pequeno e não dá para aguardar até que alguém diga o que fazer.
· Várias pessoas pensam que se sentiriam melhor no trabalho se pudessem opinar sobre como as coisas devem ser feitas, se assumissem as responsabilidades pelo aperfeiçoamento do produto e do processo de trabalho.
· As pessoas estão constantemente precisando trocar ideias dentro da organização, porém em setores diferentes.
· A mudança da organização é uma realidade. Com as novas tecnologias a formação de equipes é o próximo passo.
· Com a competitividade atual do mercado, as organizações que não trabalharem em equipe ficarão para trás. Novas organizações precisam ser mais criativas, flexíveis e eficazes.
· Com o trabalho em equipe os resultados são melhores. É necessário aprimorar continuamente a qualidade e reduzir custos dos produtos.

O trabalho em equipe influencia e modifica a organização como um todo. Nesse sentido, há dois tipos de organizações: as tradicionais e as baseadas em equipes.

Nas organizações tradicionais, as informações são controladas rigorosamente e, em alguns casos, chegam a ser confidenciais, disponíveis para uso apenas por alguns poucos escolhidos. Nesse tipo de organização, o que o chefe pensa e diz determina o desempenho de cada pessoa e o trabalho é organizado em torno de funções e departamentos. Há vários gerentes que controlam o poder e o trabalho dos outros, enquanto decidem os rumos da organização. Cada colaborador realiza uma função e tem uma responsabilidade muito limitada. As recompensas e o reconhecimento são baseados no desempenho individual, mesmo os gerentes compartilhando do sucesso financeiro da organização, este não chega aos baixos escalões.

Além disso, o comportamento e as decisões das pessoas são determinados por regras, procedimentos e políticas. O controle e a melhoria da qualidade ficam sob a responsabilidade da gerência ou dos especialistas em controle da qualidade. E a maioria do trabalho é realizada por indivíduos que têm pouco controle sobre seus métodos e processos de trabalho.

Muito diferente é a organização baseada em equipes. Nesse tipo de organização, a partilha de informações é vista como necessidade e responsabilidade de todos. O desempenho da equipe é impulsionado pelas exigências dos clientes internos e externos. Todo o trabalho é interfuncional, projetado para que as equipes sintam que possuem um cliente ou produto. A responsabilidade e a liderança são compartilhadas com aqueles mais próximos no trabalho. Cada membro da equipe desempenha várias funções.

As recompensas e o reconhecimento são compartilhados e baseados no desempenho da equipe ou da organização. O comportamento e as decisões da equipe são influenciados pela visão e pelos valores da empresa. A melhoria da qualidade é incluída no trabalho de todo dia e é de responsabilidade de todos, devendo ser praticada continuamente. As equipes possuem um grande grau de liberdade, principalmente na tomada de decisões sobre a melhor maneira de fazer o seu trabalho.

Agora, atente: atualmente, o maior diferencial competitivo é o capital intelectual. Precisamos aprender a trabalhar em equipe, fazer desabrochar o potencial de cada pessoa, aprender a viver com as diferenças e extrair o melhor da diversidade que existe dentro da organização. É preciso entender que ao trabalhar em equipe temos mais chances de superar nossos limites.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? – Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.

Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br.
e-mail: contato@soniajordao.com.br
Blog: http://soniajordao.blogspot.com
Siga-me no twitter: http://twitter.com/soniajordao

A importância dos treinamentos nas organizações

Por Sonia Jordão

O tema deste artigo não é nenhum mistério, tampouco um novo achado. Contudo, as coisas que temos o hábito de considerar como simples ou lógicas são as que precisam ser lembradas.

Sabemos que quando executamos qualquer tipo de atividade, seja ela simples ou complexa, temos que ser competentes. Para tanto, competências cognitivas (conhecimento), atitudinais (atitudes, valores criatividade, emoção, auto-estima e inter-relacionamento) e operacionais (experiências e produtividade) devem ser desenvolvidas e aperfeiçoadas. Está aí a importância da realização de treinamentos nas empresas.

As organizações, tendo conhecimento desse fator, precisam se preocupar em treinar seus profissionais, em todos os níveis.

Durante o treinamento, é imprescindível desenvolver nos participantes conhecimentos explícito (conceitos, fatos e teorias apreendidos através de esquemas cognitivos) e tácito (construção pessoal, mediante experiências e interpretações). Esse é o grande desafio dos treinadores/facilitadores.

Para que esses conhecimentos sejam aprendidos e/ou desenvolvidos, alguns aspectos são fundamentais no treinamento:

Intercalar apresentação de temas e aplicação de técnicas.
Atentar para o fato de que diferentes ambientes e públicos têm necessidades específicas.
Interagir com os participantes. Não nada mais tedioso do que ficar horas e horas apenas ouvindo o outro falar.
Explicar aos participantes o contexto em que o tema a ser estudado está inserido.
Fazer uso de exemplos.
Usar o humor para tornar o aprendizado mais interessante. Mas, cuidado: piadas em excesso podem desprestigiar seu trabalho e prejudicar o treinamento.

Há muitos outros aspectos que podem ser incorporados ao treinamento para torná-lo eficaz, basta ter bom senso na escolha e não perder o foco nos objetivos a serem atingidos.

Com relação aos objetivos do treinamento, eles são fundamentais: treinamentos são mais aceitos quando demonstram os resultados pretendidos e fazem com que todos se sintam envolvidos e responsáveis pelos resultados.

Mas, sabendo a organização da importância de proporcionar treinamentos para a equipe, quando realizá-los?

A atitude de treinar colaboradores é sempre bem-vinda, porém é necessário que o intento seja constante. Caso contrário, tudo será em vão... Acredito que é preciso treinar sempre. Contudo, não podemos nos esquecer de que ao recomendarmos um treinamento, que não seja fundamental para a correta realização da atividade, ao colaborador, ele tem o direito de rejeitar a oferta de ajuda. Assim, é importantíssimo “vender” as vantagens do treinamento.

Para finalizar, de nada adianta o treinamento em si, é fundamental a continuidade dele na empresa. O bom treinamento é aquele que incentiva a organização das rotinas diárias, a solução de conflitos e o uso da informação para a tomada de decisões.

As habilidades para a aplicação dos conhecimentos se desenvolvem com a prática, sendo assim estimule seus colaboradores a trabalhá-las.

Baseado no artigo “Treinando e desenvolvendo pessoas”, de Sonia Jordão, publicado no livro “Ser Mais com T&D”.

Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora do livro “A Arte de liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e dos livros de bolso “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” e “E agora, Lívia? – Desafios da liderança”.


Sites: www.soniajordao.com.br, www.tecernegocios.com.br, www.umnovoprofissional.com.br, www.tecerlideranca.com.br, www.editoratecer.com.br.
e-mail: contato@soniajordao.com.br
Blog: http://soniajordao.blogspot.com
Siga-me no twitter: http://twitter.com/soniajordao

Desemprego zero

* por Tom Coelho

”O desemprego do homem deve ser tratado como tragédia
e não como estatística econômica.”
(Papa João Paulo II)

No início dos anos 1990, experimentei o sabor amargo do desemprego. Por opção, eu deixava um cargo de gerência de filial numa empresa exportadora de café, onde desenvolvera ao longo de apenas dez meses um trabalho que a alçou da 45ª para a 21ª posição no ranking das maiores exportadoras brasileiras em seu segmento.

Era o fim de um ciclo. Não havia mais espaço para crescimento dentro daquela estrutura. Foi quando cunhei a expressão “bater com a cabeça no teto”.

Tomada a decisão, fui enfrentar a frialdade do mercado de trabalho. As expectativas de uma rápida recolocação eram elevadas. Afinal, eu era jovem, impetuoso, determinado e carregava na bagagem uma série de realizações concretas.

O mundo real, no entanto, ensinou-me outras verdades. A tenra idade não era um aspecto positivo, mas uma fragilidade, pois “garotos” de 21 anos de idade não podiam ter a experiência exigida para cargos de supervisão e gerência – assim como “velhos” de 45 anos simbolizavam arcaísmo e retrocesso.

Descobri também a existência de algumas regras para entrar no jogo. A formação acadêmica sólida era a primeira delas. Isso significava, além de uma faculdade de renome, algo óbvio: o curso superior concluído. E eu abandonara meus estudos para assumir o cargo que me fora ofertado, pois seria exercido em outro Estado da federação.

Aprendi, ainda, a irrelevância de dominar o idioma pátrio, na linguagem falada e escrita, ante a fluência em inglês de outro candidato, o qual estaria sempre anos-luz à frente, mesmo escrevendo exceção com dois ou quatro “s” ou pronunciando “poblema” (sic) a cada duas frases.

Em meio a tantas outras descobertas sobre como funciona o “sistema”, observei sete longos meses passarem diante de meus olhos. Ao longo deste período, retomei os estudos, fiz uma série de cursos práticos complementares, reduzi minha pretensão salarial. Mas ao término deste período, como não recebera nenhuma proposta concreta de trabalho, minhas reservas financeiras tinham se exaurido e a autoestima entrado em colapso.

Empreendedorismo de necessidade

Dentro deste contexto, parti para a chamada “carreira solo”. Era preciso fazer algo com o pouco de orgulho próprio que ainda me restava. Era preciso que eu me colocasse à prova. Foi assim que abracei o empreendedorismo como opção de vida. Mais do que uma necessidade, foi minha tábua de salvação.

Duas décadas se passaram desde então. E o mercado de trabalho continua muito próximo da realidade que experienciei. As restrições quanto à idade persistem. A formação acadêmica demanda, nos dias atuais, além do curso superior completo, uma pós-graduação qualquer. O espanhol tem que acompanhar o inglês, permanecendo o português em segundo plano.

O desemprego é um acontecimento medonho. Quanto mais ele se prolonga, mais afeta negativamente o profissional. Quando atinge um pai ou um arrimo de família, então, assume conotação sádica e perniciosa. Apenas quem vivenciou isso consegue entender o porquê do olhar opaco e dos ombros arqueados daquele que não tem a possibilidade de dizer ao mundo a que veio.

Por isso, quero convocá-los a uma campanha pelo desemprego zero. Mas não se trata de uma moção de âmbito governamental. Trata-se de uma atitude, de um lema, de uma profissão de fé. Trata-se de cada um de nós firmarmos compromisso pessoal para buscarmos e permanecermos dignamente empregados, seja num negócio próprio ou de terceiros. Trata-se de você descobrir com a máxima urgência, acima e a despeito de tudo, qual sua vocação. E segui-la.

Isso abrange também os “empregados-desempregados”, uma categoria de pessoas que vendem barato seus sonhos, exercendo atividades que não correspondem ao que seus corações mandam, vagando pelo mundo corporativo como almas errantes.

Espero ver estas pessoas agraciadas pela autoconsciência, para despertarem para quem são; presenteadas pela coragem, para fazerem o que desejam; estimuladas pela ousadia, para empreenderem por oportunidade; e sensibilizadas pela emoção, para levar este princípio adiante, ofertando, sempre que possível, um novo posto de trabalho, industrializando a esperança.


* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

Não se perca nos planos!

Por: Sergio Del Sasso

Entrevista com Sérgio Dal Sasso concedida à revista Dirigente Lojista da Confederação Nacional do CDL (CNDL)

Aprenda como elaborar o documento que pode mudar para melhor os resultados da sua loja com as dicas de consultores
Um cliente entrou na loja, mas saiu logo em seguida porque todos os vendedores estavam ocupados e ele não tinha tempo nem disposição de esperar para ser atendido. Outro cliente seguiu o mesmo caminho porque entrou na loja disposto a comprar o produto ”modelo A”, mas a loja só tinha o ”modelo B” para oferecer. Enquanto isso, numa rede social não muito distante dali, um cliente soltava os cachorros na loja porque cansou de esperar a entrega da mercadoria prometida para duas semanas atrás. Como se não bastasse, a loja concorrente, que fica na mesma rua, passou por uma grande reforma e reinaugurou em grande estilo com uma promoção de parar o trânsito.

Sabe qual a melhor maneira – e talvez a única – de não passar por nenhuma das situações acima? Planejamento! É por meio do planejamento que o lojista visualiza suas necessidades (mais funcionários, incremento no mix de produtos, presença digital, inovação no ambiente de loja, promoções especiais, entre outras) e estabelece as ações que deverá colocar em prática para supri-las. Mesmo que o ano já tenha começado, nunca é tarde para planejar. Para ajudar nesta tarefa, confira as dicas dos consultores Sérgio Dal Sasso e Cláudia Montezuma.

Por onde começar
O lojista sabe que precisa planejar, mas também precisa saber como dar início a essa tarefa de forma eficiente e organizada. ”Todo planejamento começa com as definições das estratégias a serem desenvolvidas”, diz Sérgio Dal Sasso, consultor, escritor e palestrante especializado em gestão de negócios e empreendedorismo. Já para Cláudia Montezuma, consultora especializada em varejo da Ponto de Referência, o primeiro passo para o planejamento deve ser avaliar muito bem a equipe da loja, seus potenciais, competências e habilidades. ”É importante ver em quais setores os funcionários precisam ser treinados, quem está com problemas, quem precisa ser mais incentivado e até quem não tem que ficar”, diz Cláudia. ”Nenhum planejamento anual se mostrará eficaz se as pessoas certas não estiverem nos lugares certos.”

Sobre os primeiros passos do planejamento, Sérgio Dal Sasso destaca que o lojista precisa antes de tudo conhecer a fundo seu negócio. ”Isso depende da visão, da capacidade e do nível de conhecimento da equipe para formar um ‘pensar, desenvolver e planificar’ que retrate as reais possibilidades e caminhos para o desenvolvimento futuro das atividades”, diz. Na opinião do consultor, o primeiro passo para um planejamento reúne o que ele chama de ”pleno conhecimento” do que está sendo feito do negócio, com a inclusão de novos planos e investimentos que devem ser retratados de forma lógica em números.

”A ampliação da loja ou a inclusão de novos fornecedores impacta em perspectivas de crescimento em vendas, novos funcionários, novos treinamentos, mudanças do quadro funcional, etc. Todos estes detalhes devem ser considerados para que as projeções retratem e espelhem da melhor forma o que pode acontecer em relação às evoluções das atividades”, aponta.
Ingredientes indispensáveis

Como em qualquer atividade empresarial, o varejista precisa reunir alguns pré-requisitos para dar conta de uma tarefa essencial para o crescimento do negócio. E com o planejamento não é diferente. Disposição é apenas um dos muitos ingredientes que um lojista precisa ter para fazer do planejamento um sucesso. Cláudia Montezuma cita equipe motivada, vontade e determinação de atender muito bem, histórico dos números e análise das ações. Se o planejamento for para uma loja nova, a consultora sugere que o empreendedor busque informações em entidades representativas e também com outras empresas (concorrentes e fornecedores) do mesmo ramo de atuação.

Já Sérgio Dal Sasso, criatividade e inovação são dois ingredientes que não podem faltar. ”É algo a ser sempre estimulado, proposto e testado em cada etapa a ser desenvolvida e enriquecida pela participação do grupo”, explica o consultor. ”A missão de uma empresa depende da forma como conseguimos criar diferenciações das mínimas coisas e sempre pensando em poder desenvolver fórmulas que conquistem novos clientes e consigam criar fidelidade aos já conquistados.”

Cláudia Montezuma afirma que o importante no final de tudo é ter muito G.A.S., ou Gestão de Atendimento e Serviços. ”Se alguma coisa está dando muito certo, copie”, afirma. ”Não há nada de errado nisso e o segredo é copiar fazendo ainda melhor”. Ela diz que o lojista com verdadeira vocação e capacidade de implementação de idéias e ações saberá fazer isso. Mas adverte: por mais capacitado que seja, o lojista nunca vai conseguir fazer isso sozinho. ”Portanto, atenção ao pessoal é um ingrediente que não pode faltar”.

Seguindo a mesma linha, Sérgio Dal Sasso lembra que auto-avaliação é outro ingrediente que deve ser adicionado à receita de sucesso de um planejamento. ”Caso um lojista sinta que todo seu esforço não vem atingindo os objetivos, o mesmo deve reavaliar seu modelo, seus colaboradores e tudo o que movimenta seu negócio”, sugere. Dessa forma, na avaliação de Dal Sasso, o lojista troca o ”eu consigo” por uma visão do conjunto para desenvolver novas idéias. ”Normalmente nos limitamos quando achamos que podemos fazer tudo sozinhos, sem dividir responsabilidades, sem reconhecer as próprias imperfeições”, alerta Dal Sasso.
Planejamento realista

Quando decide colocar no papel o que deseja para seu estabelecimento é até compreensível que o lojista fuja um pouquinho da realidade e coloque metas e objetivos distantes de serem alcançados. O desafio é fazer um planejamento adequado à realidade da empresa e do mercado para que o que for planejado possa ser mesmo colocado em prática. ”Um sistema de planejamento sobrevive como objeto de gerenciamento de uma atividade lojista, quando conseguimos trabalhar de forma hábil, competente e periódica com o modelo de gestão”, ensina Dal Sasso. ”Assim, sua qualidade depende da velocidade e poder analítico do grupo para que se possa projetar, revisar e redirecionar caminhos quando isso se fizer necessário”, aponta.

Cláudia Montezuma diz que para que o planejamento esteja em sintonia com a realidade do negócio e do mercado, a primeira providência é estabelecer uma meta junto com todos. Para ela, nenhum resultado é bom o suficiente se não houver meta a atingir. ”A meta deve ser desafiadora, mas atingível para haver motivação”, lembra a consultora. O planejamento, ensina Cláudia Montezuma, deve ser mensurável e ”acompanhável”, o que não significa dizer que as metas devam ser apenas quantitativas. ”O lojista pode querer vender X, mas o cliente tem que querer comprar”, diz. ”Para que isso aconteça, é preciso pensar na qualidade da venda, estimular a atitude de servir da equipe e só então pensar nos números e no mercado.”

”Os mercados estão em permanente mudança, e todos que ficarem perdidos na multidão de lojas que fazem a mesma coisa estarão fadados ao fracasso”, diz Cláudia. ”Por isso, é importante analisar o mercado e planejar como sair da mesmice.” Neste contexto, Sérgio Dal Sasso resume dizendo que o lojista deve elaborar um planejamento que possa ser revisado com praticidade para permitir mudanças e tomadas de decisão com grande agilidade. ”Com isso, o lojista evita desperdícios e cria antecipadamente condições para uma movimentação rica em alternativas pela rentabilidade do negócio”, explica.
Participação da equipe

Não ouvir os funcionários da loja é abrir mão de uma vantagem competitiva que faz toda diferença. Um planejamento feito sem a participação deles corre sério risco de ficar no papel. ”Só quem participa se sente comprometido”, lembra Cláudia Montezuma. Além disso, na opinião da consultora, as empresas – inclusive no varejo – gastam muito dinheiro com pesquisas quando deveriam se lembrar que seus funcionários, especialmente aqueles que estão na ponta do negócio, como os vendedores, sabem muito.

O consultor Sérgio Dal Sasso vai além. Para ele, seja qual for o modelo de gestão da empresa, para o desenvolvimento do negócio é preciso trabalhar pelo crescimento da utilidade das funções. Ou seja, formar especialistas em cada área da empresa, o que favorecerá certamente a elaboração do planejamento. ”A grande vantagem dessa política é garantir mais velocidade e qualidade nas tomadas de decisões.”
Tire o plano da gaveta

Para quem já tem o hábito de fazer seu planejamento anual, o cuidado é com aquelas idéias e ações que por alguma circunstância não foram colocadas em prática. A consultora Cláudia Montezuma diz que não é recomendável simplesmente ”reaproveitar” ações de um planejamento para outro. ”Tudo muda de um ano para o outro”, observa. A cada novo planejamento é preciso fazer uma avaliação profunda para ter certeza de que não houve mudança de prioridades. ”Se estava previsto para o ano anterior e não foi executado, provavelmente não era prioridade”, avalia.

Para Dal Sasso, ações que não deram certo são passíveis de ajustes para que alcancem os resultados desejados. ”O planejamento é um sistema gerencial diário que reúne e integra as pessoas através de um modelo que estabeleça a qualidade dos caminhos que o negócio vai seguir”, explica. ”O grande diferencial de um bom planejamento está justamente neste exercício obrigatório e constante entre o prever, o planificar e o agir em conjunto pela espera dos avanços, resultados e mudanças”, diz. Encarando o planejamento desta forma, é possível resgatar uma idéia da gaveta com grandes chances de sucesso ao colocá-la em prática.

Sérgio Dal Sasso é consultor Empresarial, escritor e palestrante em temas ligados à administração de negócios, empreendedorismo, vendas, carreiras e educação corporativa.

sábado, 5 de março de 2011

Carnaval: Lições para fortalecer o trabalho em equipe

Por: Dalmir Sant’Anna

Estou no décimo primeiro andar de um prédio, no centro da capital de Santa Catarina. Da janela da sala de aula, do curso de mestrado em administração, observo a movimentação dos carnavalescos montando, pintando e acertando detalhes dos carros alegóricos para o desfile de carnaval. É possível perceber a integração, o grau de cooperação, o respeito com a diversidade e o rigor para superar desafios, por meio do trabalho em equipe. Um esforço coletivo sem esquecer a existência da competição (concorrência) entre as escolas de samba e do desejo de vencer. A seguir, descubra que lições o carnaval pode contribuir para fortalecer o trabalho em equipe e favorecer na formulação de novas estratégias empresariais competitivas.

Compreender a existência da diversidade – Como palestrante, percebo a diferença de público nas palestras, mesmo quando duas palestras são apresentadas para funcionários da mesma organização. Há pensamentos, comportamentos, reflexões e maneiras de sentir emoções de formas diferentes. Imagine como a diversidade está presente em um desfile de carnaval, nos carros alegóricos, nos estilos de dança e no samba enredo. Valorize, compreenda e respeite a diversidade. Excelentes líderes e gestores reconhecem que seus liderados aprendem de maneiras inovadoras e, por isso, empregam múltiplos métodos de ensino. Compreender a existência da diversidade na força de trabalho é essencial para fortalecer o trabalho em equipe, pois as organizações estão se tornando mais heterogêneas em termos de raça, etnia e gênero de seus participantes. Antes de realizar a reclamação de um colega, lembre que compreender a existência da diversidade é fundamental para que o clima de trabalho seja ainda mais produtivo, rentável e harmonioso.

Acreditar na relevância do treinamento – Que resultado teria uma escola de samba sem treinamento? Carnavalescos na avenida sem sincronismo? Músicos sem entender o mestre de harmonia? Seguramente o resultado seria desastroso, além de decepcionante. Empresas de referência não encaram o treinamento como uma despesa, mas como investimento para perceber pontos fracos e fortes da sua atuação diante da concorrência. Em um mercado com alta mobilidade, acreditar na relevância do treinamento é um diferencial competitivo, capaz de gerar resultados surpreendentes. Para maximizar seus treinamentos, lembre que o tempo é algo valioso e que os participantes serão recompensados com algo grandioso que nenhum ladrão da face da terra conseguirá retirar: o conhecimento.

Na história do carnaval, além da cultura, alegria e diversão, há uma busca constante pela perfeição. Além de planejamento, definição de estratégia e organização meticulosa, tudo é regido por normas, cooperação, integração e um rígido cronograma. O objetivo é fazer a engrenagem imaginária do samba enredo, obter forma e conquistar desenvoltura e harmonia. Cooperar sempre faz bem e o trabalho em equipe, na prática, passa a ser um elo fortíssimo para intensificar uma importante corrente, capaz de tornar o clima de trabalho ainda mais produtivo. Jamais esqueça que, você passa grande parte do seu dia, no ambiente de trabalho e nada mais satisfatório, do que concretizar suas atividades com a ajuda de pessoas dispostas a seguir com você para o lado correto. Um time vitorioso supera desafios compreendendo a existência da diversidade e acreditando na relevância do treinamento. Sua equipe está pronta para ser campeã?

Dalmir Sant’Anna – Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de Diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.br

Au revoir Carnaval!

* por Tom Coelho

“Os momentos de intensa felicidade são, por natureza, fugazes.
Se todo dia é Carnaval, acabou o Carnaval.
A garota de Ipanema é, por definição,
a 'que vem e que passa', jamais a que fica.”
(Eduardo Giannetti da Fonseca)

Perguntei a um amigo como havia se saído em uma entrevista de seleção para a qual fora convocado e que aguardava com grande ansiedade. Ele me respondeu resignado: “Foi desmarcada. Agendaram para depois do Carnaval”.

Almoçando com um empresário, notei sua apreensão com as vendas neste mês. “Todos os anos é a mesma coisa. Clientes ativos deixam para repor estoques apenas em março e novos clientes preferem negociar orçamentos após o Carnaval”, relatou-me.

Reinício das aulas na faculdade. Entro na sala e sinto-me como em um auditório, tamanho o número de cadeiras vagas. Presentes apenas 30% dos alunos, que me confortam: “Primeira semana de aula é meio devagar mesmo, professor. Depois do Carnaval estarão todos aqui”.

Oportunidades de trabalho não preenchidas, produtos não fabricados, aulas não ministradas, conhecimento não compartilhado.

Há uma doença congênita que assola nosso país. Uma doença que ceifa empregos, impede o crescimento da renda e reduz o dinamismo da Economia, prejudicando toda a sociedade, mas que se reveste como algo bom, travestido com a toga da alegria. Esta doença atende pelo nome de Carnaval.

Anualmente contamos 104 dias correspondentes a sábados e domingos e outros 15 dias, em média, representados por feriados prolongados. Ou seja, quase um terço do ano onde grande parte da população não trabalha, não produz.

É evidente que há uma miríade de pessoas que exercem suas atividades profissionais aos sábados e, até mesmo, aos domingos. Mas estou fazendo uma abstração para sinalizar que não há mais tempo a perder para quem se propõe a construir uma nação mais próspera e justa. Como diria Machado de Assis, “Nós matamos o tempo, mas ele nos enterra”.

É fato notório que, exceção feita à indústria do turismo, muitos setores são prejudicados pela ocorrência do Carnaval. Já experimentamos uma retração natural no período entre o Natal e o Ano Novo. Que bom seria se o Carnaval acontecesse logo na primeira semana de janeiro! Assim, teríamos um recesso coletivo que convidaria o país a retomar com pujança suas atividades a partir, aproximadamente, do dia 10 de janeiro.

Meu amigo desempregado terá que aguardar... para depois do Carnaval.

Meu colega empresário terá que suportar suas contas a pagar até... depois do Carnaval.

Minhas aulas somente poderão ser apresentadas... após o Carnaval.

Que se preserve a “alegria do povo”. Que aproveitemos os imprescindíveis momentos de ócio e lazer. Mas precisamos refletir sobre os benefícios de uma antecipação da comemoração do Carnaval.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quando o líder explica, todo mundo entende

Por: Alessandra Assad*

Para ser um líder é preciso comunicar para a mente, o coração e as mãos das pessoas. Quando ouvi esta frase do grande guru Blaine Lee em uma conferência da HSM Group no final do ano passado, ficou claro que a semente que sempre trouxe comigo de forma empírica não estava indo por caminhos tortuosos. Só faltava mesmo fundamentá-la um pouco melhor com atitudes no dia-a-dia, que muitas vezes se tornam truncadas pela simples razão de existirem quando se tenta entrar no cotidiano da prática da liderança de equipes não-lineares.
Temos que entender que a realização só se faz, ela só acontece através das pessoas. E elas precisam de informações para terem noções e assumirem adequadamente as suas responsabilidades. Aliás, a responsabilidade é uma via de mão dupla e tem uma importância muito grande em todos os processos das empresas. Mas ninguém percebe isso quando você não comunica. E não estou falando de cartazes, e-mails, memorandos internos ou ainda jornais-murais, que, diga-se de passagem, têm suas funções para a comunicação corporativa e são eficazes na maior parte delas.

Decisões compartilhadas - Como líderes, ao comunicarmos qualquer informação, desde a mais irrelevante àquela que vai mudar toda a estratégia de trabalho, precisamos estar cientes de que devemos olhar nos olhos de cada um, explicar o porquê das coisas, fazê-los entender a importância que têm em todo o processo e a diferença que teremos todos da equipe no resultado final caso esta comunicação venha recheada de ruídos, sombras ou tempestades. E como fazer isso sem parar os processos, sem fazer com que as pessoas percam em produtividade, sem interromper o trabalho que estão realizando, muitas vezes apenas para comunicar que o horário dela vai mudar a partir de amanhã?
Simplesmente perguntando a que horas fica melhor para ela trocar uma idéia com você, dizendo que tem algo importante para decidirem juntos, mas que isso não pode atrapalhar a sua performance do dia. Certamente seu colaborador vai cooperar para encontrar um horário rapidamente e estará na sua sala muito antes do previsto. E o que era para ser um comunicado, pode se tornar uma solução, quando você faz com que as pessoas participem das decisões e opinem sobre elas.

Poderes e atribuições - Se você quiser ter muito sucesso, ame as pessoas e pense nelas. Mas faça com o coração, porque elas perceberão a sinceridade quando estiverem em sintonia com os seus sentimentos. Lembre-se que sem envolvimento não existe comprometimento. E o que isto representa? Representa deixar o ego do lado de fora, ter consciência de que a vaidade só atrapalha, saber que um líder não pode se esconder quando as coisas vão mal, deve ser transparente, acessível, lembrar que as pessoas gostam de carinho, também têm egos, mas que você não precisa passar as mãos na cabeça delas. Apenas falar a verdade e ter conhecimento dos seus riscos pode ser uma boa.
Conhecer seus limites, poderes e atribuições e fazer com que a equipe os conheça melhor do que você mesmo, para poder servi-los, sem dúvidas é um excelente ponto de partida para que tenhamos ordens claras com execuções precisas. Afinal, como enfatiza sempre o grande Bernardinho, “líder é aquele que tem princípios e valores que inspiram as pessoas”. E a comunicação ajuda a criar um ambiente com clima positivo no trabalho. Às vezes é melhor trabalhar de forma inteligente do que trabalhar mais.

Talvez agora você esteja pensando que chegou ao final deste artigo sem ler novidade alguma sobre liderança, não é mesmo? Mas como nosso guru Blaine Lee de bobo não tem nada, faço das palavras dele as minhas frases finais para este artigo: “saber e não fazer, é não saber. Nós, líderes, queremos a cabeça (a inteligência), o coração (as emoções que geram comprometimento) e as mãos (que executam).” Tá vendo só como é fácil? Quando alguém explica, todo mundo entende.

5 dicas para líderes aplicarem com suas equipes de trabalho:
1 – Estimular a autoconfiança
2 - Satisfazer necessidades e não vontades
3 - Fornecer aos liderados o que eles precisam, e não o que eles querem
4 - Servi-los e não querer que eles o sirvam
5 - Brigar muito mais por eles para precisar brigar muito menos com eles

*Alessandra Assad é diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é professora na FGV Managenent, palestrante e colunista de vários meios de comunicação. É autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.
E-mail: alessandra@alessandraassad.com.br Site: www.alessandraassad.com.br

quarta-feira, 2 de março de 2011

Porque desistir de acreditar?

Por: Dalmir Sant’Anna

A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada “Ciranda da Bailarina”. Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes, passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas, abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.

Superar a zona de conforto – Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O detalhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se transformar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espelho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina, se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez, você não tenha feito o melhor possível e para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.

Alterar o estereótipo de perfeição – Há no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber, o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.

Não deixe a cortina do palco da vida fechar – A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: “Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!” Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições, de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão a sua volta. Ninguém mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.

A letra da música “Ciranda da Bailarina” diz: “Sala sem mobília, goteira na vasilha, problema na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem”. Incertezas, receios, adversidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas a sua volta, tenham a capacidade de destruir sua autoestima e, paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar, mais em você, não é amanhã, mas já!


Dalmir Sant’Anna – Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel em Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de Diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.br

O Poder de quem paga a conta

Por: Floriano Serra *

Alguns leitores já devem ter percebido que, quando por alguma razão certos clientes de prestadores de serviços se sentem contrariados, não hesitam em dar mostras públicas do seu poder e soltam pérolas como:
— Eu estou pagando! Então exijo que seja feito assim!
Nestes casos, é de se acreditar que a posse de dinheiro não seja proporcional à posse da boa educação.

Infelizmente, em algumas famílias, também existe a presença de frases que pretendem deixar claro quem é que manda no pedaço:
— Enquanto você viver às minhas custas, as coisas aqui vão ser do jeito que eu quero!
Em um grande número de empresas, guardadas as devidas proporções e contextos, ocorrem situações análogas àquelas: como elas pagam os salários e concedem os benefícios, o empregado tem que se submeter a condições e práticas nem sempre profissionais e saudáveis, como atestam os recentes e inúmeros casos de assédios, “burnouts” e “bullyings” que a imprensa vem divulgando.

Nesses exemplos, há um lamentável e elementar erro de interpretação do significado e do objetivo do chamado poder econômico.

Não custa lembrar que a finalidade desse poder não é impor nem obrigar pessoas a fazerem o que não querem ou algo que contrarie suas condições, seus valores e seus direitos. Aliás, para conseguir isso ninguém precisa de poder econômico: basta um ultrapassado chicote – ou chibata — usado farta e desumanamente no tempo da escravidão.

O poder econômico também não existe para comprar corpos, consciências, corações e mentes – numa organização, essas coisas não estão à venda, mas estão à inteira disposição de quem as convide para trilhar o caminho da ética, da justiça, da legalidade, do Bem.

Estes comentários pretendem convidar determinados profissionais para uma reflexão sobre uma premissa óbvia, mas nem sempre observada: o poder que emana do dinheiro – seja na forma de pagamento, mesada ou salário – não dá a nenhum tipo de liderança o direito de, sob qualquer pretexto, comprometer a qualidade de vida e a auto-estima dos liderados.

A propósito deste assunto, permitam-se transcrever uma frase admirável, atribuída a certo Ed Liden, sobre o qual não tenho maiores informações, mas que certamente sabia o que dizia em matéria de gestão de pessoas: “Pode-se comprar o tempo de um Homem. Pode-se comprar a presença física de um Homem em determinado lugar. Pode-se até mesmo comprar um número exato de habilidosas ações musculares por hora e por dia. Mas não se pode comprar entusiasmo.

Não se pode comprar espírito de iniciativa. Não se pode comprar lealdade. Não se pode comprar a dedicação do coração, da mente e da alma. Essas coisas você tem que merecer.”
Em resumo: o poder econômico que não conduz as pessoas à felicidade, não merece o nome de poder.
Talvez chicote - ou chibata.

Floriano Serra é psicólogo, palestrante e docente de seminários comportamentais. É diretor-executivo da SOMMA4 Gestão de Pessoas, autor de vários livros e inúmeros artigos sobre o comportamento humano no trabalho. Ex-diretor de RH de empresas nacionais e multinacionais.

Diferenciação

* por Tom Coelho

“Quando todos pensam igual é porque ninguém está pensando.”
(Walter Lippman)
Dia destes entrei em uma loja Fran’s Café para um espresso com pão de queijo. Fiquei surpreso ao receber o café cuidadosamente apoiado sobre uma pequena bandeja, acompanhado de um elegante copo contendo água mineral gasosa e um folheto explicando tratar-se de uma tradição italiana: a água com gás aguça as papilas, enaltecendo o sabor do café que será sorvido. E toda esta atenção sem custo adicional.

Num destes finais de semana, dirigi-me a um cinema da rede Cinemark acreditando que, em virtude do grande número de salas, as filas seriam pouco significativas. Ledo engano. Apreciei fila para adquirir o ingresso, fila para acessar a sala e fila para comprar pipoca e refrigerante a preços aviltantes.

Meses atrás, resolvi retomar a prática da natação e fui ter um diálogo com minha antiga academia, a Runner. Solicitei-lhes uma condição diferenciada para regressar, mas responderam que eu deveria me adequar às normas vigentes para novos alunos. Seria uma assertiva aceitável, se não tivesse partido do departamento de fidelização da empresa que, teoricamente, deveria zelar pela manutenção de seus associados.

Três situações distintas, envolvendo empresas de renome, que nos fazem refletir sobre a questão dos preços relativos e, acima disto, sobre o que vem a ser diferenciação.

Concorrência monopolística

Lembro-me das aulas de microeconomia e da dificuldade em aceitar certos conceitos que entravam em rota de colisão com minha lógica. Uma exceção foi-me apresentada quando estudava a organização dos mercados e a formação de preços.

Segundo a teoria em que os mercados operam em concorrência perfeita ou imperfeita, o primeiro tipo caracteriza o modelo ideal: muitas empresas participantes, ausência de barreiras à entrada e saída do mercado, políticas de preços não regulamentadas.

O segundo tipo é formado pelo monopólio, quando uma única empresa atua isoladamente no mercado, normalmente impondo barreiras técnicas, econômicas ou burocráticas à entrada de novos players, praticando uma política de preços própria que precisa ser regulada por um órgão neutro; pelo oligopólio, que se diferencia do monopólio apenas pelo fato de haver mais de uma companhia atuando no mercado, porém não muitas; e pela concorrência monopolística.

Esta última modalidade guarda consigo um conceito interessante. Aborda uma situação em que as empresas atuam dentro de um mercado altamente concorrencial, onde não há entraves de qualquer ordem e todos enfrentam as mesmas oportunidades e dificuldades. Todavia, dentro deste contexto, uma empresa pode se destacar mediante a diferenciação de seu produto ou serviço. Fazer algo diferente, tornando-se única, exclusiva e desejada no coração e na mente do consumidor. Tecnicamente, criar um nicho tão bem delimitado que a capacita para exercer um autêntico monopólio. Por isso, concorrência monopolística.

À luz deste conceito, passei a observar como estamos o tempo todo exercendo a concorrência monopolística em nossas vidas. A começar pela vitória do espermatozoide tenaz que, dotado de agilidade, velocidade e preparo, supera todos os demais concorrentes no ato da fecundação. Ao conquistar o par romântico, também nos fizemos notar em meio aos demais pretendentes. A oportunidade de emprego também foi sancionada com êxito dentre outros postulantes ao cargo.

Responsável por quem cativas

Assim, comecei a nutrir verdadeira paixão pelo conceito de diferenciação. Passei a compreender o porquê de deixar mais reais por um pão de queijo no Fran’s Café, quase sem perceber – é porque quero o mimo. Passei a compreender o porquê de aceitar ser expropriado por uma pipoca e um refrigerante num Cinemark – é porque quero a comodidade. Passei a compreender o porquê de ter perdido o encanto pela Runner – é porque quero coerência no discurso que me vendem.

“Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...”

O Pequeno Príncipe, de Exupéry, conhecia muito de concorrência monopolística quando cunhou a famosa expressão “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”. Por isso, abrir a porta do carro para a garota adentrá-lo torna o cavalheiro admirado. Por isso, o vendedor que procura descobrir a necessidade de seu cliente para depois lhe apresentar uma solução é preferível ao mero tirador de pedidos. Por isso, a empresa que identifica o desejo mais subliminar de seus consumidores pode dar-se ao luxo de vender o que produz ao invés de produzir o que se vende.

Mas, no jogo da diferenciação, que fique clara uma coisa. Não é a diferenciação tecnológica (baseada nas inovações), a qualitativa (sediada na adequação) ou a mercadológica (ancorada na força e glamour das marcas) que conferem perenidade às relações. O mundo está comoditizado. Os produtos apresentam as mesmas características, os profissionais detêm os mesmos MBAs, a comunicação está massificada. A única diferenciação efetivamente sustentável ao longo do tempo é aquela baseada em pessoas. No brilho do olhar, na maciez da voz e no calor do toque, aspectos que máquina ou virtualidade alguma será capaz de reproduzir ou substituir.

* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 países. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional”, pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.