Por:Dalmir Sant’Anna
Em decorrência da minha atividade profissional, tenho a oportunidade de conhecer a trajetória de sucesso de inúmeros profissionais, das mais diversas áreas de atuação, no cenário nacional e internacional. Pessoas que dedicam tempo para estudar, aprimorar suas competências e se tornarem apaixonadas pelo que realizam. Percebo que algumas demonstram equilíbrio com o trabalho, família e convívio social, entretanto, outras pessoas mostram uma ordem inversa. Indicam que o sucesso concentra-se unicamente no pensamento aos volumes expressivos de trabalho, tornando-se workaholic (viciado em trabalho). Será que para atingir o sucesso profissional, uma pessoa precisa ser workaholic?
Perfil comportamental da pessoa workaholic – Estou analisando os dados de uma dissertação, que aborda as transformações tecnológicas e no quanto os reflexos do desemprego, influenciam no perfil comportamental de uma pessoa workaholic. O objetivo da tese compreende avaliar como os sentidos humanos, sofrem transformações na construção perfeccionista de uma carreira profissional. Um dos dados da pesquisa indica que, as relações entre trabalho e projeto de vida, caminham para lados opostos e longínquos dos processos de relacionamento interpessoal. Estudando os dados dessa pesquisa, torna-se possível perceber que uma pessoa workaholic, acaba estagnando sua carreira a médio e longo prazo, pois não consegue visualizar as oportunidades que estão a sua volta. No cotidiano, tornam-se pessoas com péssimo humor, amargas e solitárias. Em uma conversa com amigos, somente falam do seu trabalho e transformam um diálogo, em verdadeiro monólogo. Você conhece pessoas com esse comportamento? A medicina do trabalho está repleta de exemplos, com pessoas que adquiriram doenças nervosas como gastrites, úlceras e frequentes enxaquecas, pelo vício ao trabalho. Faça uma reflexão procurando descobrir se em algum momento, você não exagerou falando demais de seu trabalho, deixando de ouvir as pessoas que estavam a sua volta. Permanecer no topo do sucesso, não é uma tarefa nada fácil. Requer treinamento constante, comprometimento, determinação, além de gostar do que se faz. É imprescindível destacar que o lazer oferece um auxílio imensurável, como uma válvula de escape, para aliviar a tensão e disponibilizar uma nova energia, inclusive para o surgimento de ideias criativas.
Dalmir Sant’Anna – Palestrante comportamental, mestrando em Administração de Empresas, autor dos livros “Oportunidades”; "Menos pode ser Mais" e do DVD com o tema “Comprometimento como fator de Diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.br
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