domingo, 22 de maio de 2011

Experiência da inovação: sim, você pode!

Por: Alessandra Assad*

Oito meses. Este foi o tempo que a Apple levou para lançar o Ipod, desde a concepção à venda do produto. A pergunta é: você consegue perceber o valor econômico que foi criado para este produto em função da velocidade do seu lançamento?

A competitividade do mercado hoje é tão grande, que mal conseguimos imitar as inovações dos concorrentes, quem dirá criar coisas novas para a nossa própria empresa. Mas sabe por que isso acontece? Porque temos aquela velha mania de querermos fazer tudo sozinho.

A natureza da inovação está mudando. Hoje o que vemos é uma ruptura no modelo tradicional de inovação. Precisamos de um modelo de negócios que seja estratégico, que gere uma mudança cultural e um conjunto de capacitações e que combine ideias e ativos internos e externos em condições equitativas. Tudo isso para gerar aumento significativo de faturamento. Este novo modelo de negócios junta dois tipos de QI: o QI conectivo, que é o do modelo de conexões, com o QI intelectual, que é o do modelo das invenções. Você pode começar respondendo à pergunta: que modelos inteligentes eu tenho na empresa?

Se a resposta for perto de zero, não é motivo para desespero.Larry Huston, que já foi vice-presidente da inovação da Procter & Gamble, defende que a inovação vai muito além de produtos ou serviços de bom desempenho. Para ele, a essência da inovação está na soma do que é necessário (consumidor, cliente e concorrente) com o que é possível (tecnologia). Mas, talvez você pergunte: por onde começar? Você pode começar oferecendo para o seu cliente:
- Soluções – produtos e serviços de apoio
- Ótimas experiências – experiência de compra e de uso, interação total
- Parceria de confiança – proporcionar relacionamento significativo e mutuamente benéfico

Você pode oferecer tudo isso, mesmo que não tenha muitos modelos inteligentes dentro da empresa. Como? Pense no mercado global de talentos, recorrendo a agentes de inovação externos. Isso significa que você pode terceirizar pessoas que pensem na inovação da sua empresa com foco voltado só em pesquisa e desenvolvimento.

Considere que hoje 35% das ideias do mundo se originam em pequenas empresas. Nos Estados Unidos uma empresa de 30 pessoas desenvolveu uma espaçonave tripulada que foi ao espaço duas vezes e voltou. Uma empresa pequena, porém com grandes competências. Isso pode resultar em projetos descontínuos, protótipos de baixo custo e a criação de uma rede de inovação. E as vantagens? Obtenção de idéias maiores, idéias novas, mais acesso a talentos de menor custo, maior gerenciamento do risco, menos investimento e maior rapidez.

Huston defende que já existem soluções prontas para todas as principais necessidades das empresas e dos consumidores. A questão é que muitas vezes quem vê de fora, enxerga mais rápido. Ou você acha que a Apple teria conseguido sozinha lançar o Ipod em apenas oito meses?

*Alessandra Assad é diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é professora universitária e em MBAs, colunista de vários meios de comunicação e palestrante. É autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.
E-mail: alessandra@alessandraassad.com.br Site: www.alessandraassad.com.br

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