Por: Alessandra Assad*
No mercado corporativo a disputa está se acirrando na velocidade da luz. Ela aumenta a cada semana, a cada minuto. Com tanta pressão que envolve o sistema, diariamente me deparo com pessoas que me perguntam: valerá a pena? Haverá absorção desse mercado para todos?
Reavaliando alguns conceitos e deixando o otimismo de lado, eu penso que embora o crescimento do mercado não acompanhe o número de profissionais disponíveis, ele continua sendo um elo diretamente proporcional. Basta observarmos a estagnação que existia no mercado da educação há alguns anos, quando tínhamos poucas opções de escolha de trabalho. Quem quisesse trabalhar numa grande empresa, estudar numa grande universidade, precisava arrumar as malas e despedir-se da família em prol de um sonho, de busca do mercado grande e profissional, que girava apenas em torno das grandes capitais brasileiras.
Em muito pouco tempo, em menos de uma década, as coisas mudaram, e muito. Embora alguns novos profissionais tenham adquirido a doença da estagnação, foi justamente este o “mal”, que atingiu principalmente aqueles que já estavam no mercado, abrindo um “vácuo”, possibilitando que bons profissionais viessem para cá e tomassem, justamente, o lugar daqueles que deixavam a desejar em matéria de profissionalismo. Ainda hoje o fenômeno acontece, embora em proporções menores, em razão do “toque de acordar”, conseqüência felizmente já percebida em todas as áreas.
Quem disse que competir é ruim? É claro que ninguém gosta de perder, mas quando a parada é dura, a vitória tem muito mais sabor. E é isso o que vem acontecendo. O mercado está aí e as portas estão abertas. Acesso ao diploma, muito em breve, todos terão, o que vai contribuir para a melhora da educação no País. Mas o que cada profissional vai fazer da sua vida, só vai depender da vontade individual.
Quanto maior a concorrência, maior o esforço de cada um de nós em sermos bons e respondermos para o mercado que há espaço sim para cada um de nós mostrarmos nossas potencialidades. Afinal, o que mais falta no mercado hoje é qualificação profissional e gente com vontade de suar, trabalhar e se comprometer com o futuro. É preciso abraçar o mundo e acreditar que todas as estrelas nasceram para brilhar, embora algumas brilhem mais do que as outras. Esse é o processo natural da vida, e não seremos nós que vamos mudar.
A oferta é grande, mas a procura pela competência é ainda maior. Há lugar sim para todos, desde que sejam bons. Só esses sobreviverão. E a resposta? Você não vai encontrá-la na faculdade, nem na escola, nem com seus colegas. Procure no mercado, só ele a terá. E não esqueça do velho ditado: ”quem procura, acha”.
*Alessandra Assad é diretora de redação da revista VendaMais. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é palestrante, professora universitária, colunista de marketing e propaganda, e autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.
E-mail: alessandra@alessandraassad.com.br
Site: www.alessandraassad.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário