terça-feira, 22 de março de 2011

Na trilha reluzente das jóias reais

Enquanto todos esperam para saber se a aliança de Catherine Middleton será feita de ouro proveniente do País de Gales, como as alianças de três gerações da realeza, o VisitBritain convida os turistas a explorarem o mundo das joias reais

A monarquia britânica sempre teve uma relação duradoura com as joias de modo geral, não apenas com as insígnias oficiais usadas em eventos do Estado, mas também com sua própria coleção pessoal. O príncipe Albert criou peças para a rainha Victoria. A rainha Mary tinha mais de mil tiaras. A finada rainha-mãe usava uma coroa especialmente concebida para sustentar o inestimável diamante Koh-i-Noor. A rainha Elizabeth II possui um broche que vale cerca de 50 milhões de libras.
CLOGAU GOLD, NORTE DO PAÍS DE GALES

Existe ouro vermelho nas montanhas galesas desde o período romano, ou até antes, e sua redescoberta na mina de St David, no Clogau (pronuncia-se "Clog-ai"), nas montanhas da Snowdonia, em 1854, desencadeou a corrida do ouro galês. Desde 1923, quando a aliança da rainha-mãe foi feita com uma pepita de ouro galês, a mesma matéria-prima foi utilizada para as alianças da rainha Elizabeth, da princesa Margaret, da princesa Diana, do príncipe Charles e da duquesa da Cornualha. O ouro galês já não é explorado comercialmente (Clogau fechou em 1998) e é extremamente raro, mas a rainha foi presenteada com um quilo de ouro de Clogau em seu aniversário de 60 anos.

Atividades
Excursões subterrâneas de uma hora na mina de ouro Dolaucothi, em Pumsaint, no sul do País de Gales (www.nationaltrust.org.uk), de abril a outubro.
As amostras magníficas do ouro galês incluem a pré-histórica Mold Gold Cape (capa de ouro que acredita-se ter feito parte de um traje cerimonial), em exposição no Museu Britânico (www.britishmuseum.org, entrada gratuita) e a taça de 40 cm de altura e 22 quilates de puro ouro galês, encomendada pelo proprietário da mina, Sir Watkin Williams-Wynn, em 1867. Agora a peça faz parte do acervo do Museu Nacional do País de Gales, em Cardiff (www.museumwales.ac.uk, entrada gratuita).
Comprar joias em Clogau Gold (www.clogau.co.uk): cada peça contém uma pequena quantidade de ouro galês misturado com ouro de outras minas para preservar o estoque, que deve se esgotar em 2016.
JOIAS DA COROA, TORRE DE LONDRES

As Joias da Coroa nunca tiveram um período fácil: a coroa do rei John afundou durante a travessia de Wash, a de Charles I foi confiscada por Oliver Cromwell para ser derretida ou vendida, a substituta de Charles II foi roubada pelo infame coronel Thomas Blood, que entortou a coroa para escondê-la em seu casaco antes de ser capturado e misteriosamente perdoado pelo rei, disseminando centenas de teorias de conspiração.

Atualmente, os visitantes são transportados em uma esteira rolante no sala subterrânea da Casa das Joias, na Torre de Londres (www.hrp.org.uk), passando ao lado de peças deslumbrantes, insígnias requintadas e séculos de história.

Você sabia?
As Joias da Coroa compõem uma coleção ainda utilizada para coroações e ocasiões oficiais, como a Cerimônia de Abertura do Parlamento.
Elas nunca saem do solo britânico: no exterior, a rainha usa tiaras, diademas e outras peças de sua coleção pessoal. A exceção é a coroa imperial da Índia, feita para a Delhi Durbar de 1911.
Elas são inestimáveis, não há como atribuir um valor às joias da Coroa, pois além do custo das peças, há o valor histórico a ser considerado.
Atividades
Veja as Joias da Coroa na Torre de Londres; a Casa das Joias está inclusa no preço do ingresso de £ 18,70 libras para adultos e £ 10,45 libras para menores de 16 anos. Os destaques da coleção são:
O Koh-i-Noor de 105 quilates na coroa da rainha-mãe (dá azar se usado por homens), e era ainda maior antes de o príncipe Albert reduzi-lo. O nome significa Montanha de Luz, en sânscrito.
A coroa minúscula de diamantes da rainha Victoria; as outras eram pesadas demais.
O Cullinan I de 530 quilates (primeira estrela da Índia), no cetro.
A Coroa Imperial do Estado, contendo mais de 2.800 diamantes.
Vitrine do passado e do presente das Joias da Coroa
Desde 2007, quando David Thomas da joalheria Garrard se aposentou, o joalheiro da Coroa passou a ser Harry Collins ( (www.gcollinsandsons.com), de Tunbridge Wells, o joalheiro pessoal da rainha desde 2000.
Garrard (www.garrard.com), localizada em Mayfair, Londres, foi designada a joalheria da Coroa pela rainha Victoria. A joalheria fez a coroa minúscula de diamantes mencionada acima e muitas outras peças das Joias da Coroa. Eles ainda possuem uma garantia real concedida pelo príncipe de Gales (Royal Warrant Holders, título dado às empresas fornecedoras de artigos e serviços para a família real, http://www.royalwarrant.org/directory/companies/garrard-co-ltd.html) e alegam ser "a joalheria mais antiga do mundo".
A Asprey (www.asprey.com), em Bond Street, Londres, também possui uma garantia real do príncipe de Gales. A marca fez a coleção de ouro de Asprey do ano da coroação, em 1953. Trata-se de um serviço de jantar em ouro 18 quilates, pesando 12 kg, tão espetacular que fez uma turnê pelo continente americano.
AS INSÍGNIAS DA ESCÓCIA

Mary Stuart, a Rainha dos Escoceses (Mary of Scots) chorou durante toda a sua coroação em 1543. Isso porque era um bebê: ela tinha seis meses de vida e estava adornada com as insígnias do reino, as joias da coroa escocesa, a coroa propriamente dita, o cetro e a espada.
As peças mencionadas acima são as insígnias mas antigas do Reino Unido e podem ser vistas no Castelo de Edimburgo (www.edinburghcastle.gov.uk), na Sala da Coroa, construída pelo filho de Mary, James VI:
A coroa foi feita em 1540 pelo ourives de Edimburgo, João Mosman, que derreteu a coroa existente para adicionar ouro escocês.
É quase certo que a espada foi dada a James IV da Escócia pelo Papa da época, Alexander VI, aproximadamente em 1494.
O cetro foi dado a James pelo Papa Julius II, em 1508.
Os objetos são formalmente apresentados a cada novo soberano e sempre estão presentes na Cerimônia de Abertura do Parlamento Escocês.
Vejas as insígnias no Castelo de Edimburgo durante o ano todo. O ingresso para o castelo (incluindo a Sala da Coroa) custa £ 12 libras para adultos, £ 6,50 libras para crianças e é grátis para menores de 5 anos.
CONFRARIA DOS OURIVES

O Salão dos Ourives, na Gresham Street, em Londres, está neste local desde 1339. É a sede da Worshipful Company of Goldsmiths (www.thegoldsmiths.co.uk), uma das doze grandes confrarias de ourives.
O rei Edward I deu-lhe o símbolo da cabeça de um leopardo, em 1300, por estatuto real.
Todos os metais preciosos tinham de ser testados e marcados no salão, daí a expressão "marca do salão" (ourives desonestos eram humilhados em um primeiro delito, depois tinham um membro amputado e então eram condenados à morte).
Ainda é realizado o teste anual de píxide, quando se avalia o conteúdo de metal precioso na moeda do reino por um comitê de ourives.
Abriga uma das quatro contrastarias do Reino Unido, responsáveis pelo controle e marcação de todas as joias que contenham metais preciosos no país.
Atividades
Você pode ver a sala de píxide original e extremamente protegida no claustro da abadia de Westminster (www.westminster-abbey.org).
Há excursões gratuitas de uma hora pelo Salão dos Ourives e ocorrem várias vezes por ano.
A Feira dos Ourives, uma enorme exposição anual de ourives contemporâneos, é realizada anualmente durante dois finais de semana de setembro.
O BAIRRO DAS JOIAS DE BIRMINGHAM

A cidade de Birmingham (www.visitbirmingham.com), no coração da Inglaterra, é famosa por seus metalúrgicos desde o século XIV. Isto aliado ao fato de que não existiam associações comerciais – ao contrário do protecionismo de Londres – e era o centro da rede de canais do século XVIII, fazendo da cidade o movimentado polo de produção de joias. A corrida do ouro do século XIV teve o seu auge em 1914. Hoje em dia, há várias atividades em Birmingham relacionadas ao bairro das joalherias.

Atividades:
Compras! Há cada vez mais estilistas novos e criativos trabalhando no bairro das joalherias, no qual se produz 40% das joias do Reino Unido.
Brilliantly Birmingham (www.brilliantlybirmingham.com), o Festival Internacional de Joias Contemporâneas, ocorre anualmente, de novembro a janeiro.
O Museu do Bairro das Joias (www.bmag.org.uk) era uma pequena fábrica do século XX, que pertencia à família Smith – Sr. Tom, Sr. Eric e Sra. Olive – e agora é aberta ao público. É possível fazer uma visita guiada pela fábrica, de terça a sábado, com entrada gratuita.
No site do bairro das joias (www.jewelleryquarter.net) pode-se baixar um guia de caminhadas pelo bairro – Pavements Walks e Buildings Walk – projetado por artistas contemporâneos.
A contrastaria de Birmingham (www.theassayoffice.co.uk) é a mais movimentada do país: você pode agendar uma visita, levar objetos para serem avaliados ou comprar peças de prata de lei marcadas em Birmingham na loja de suvenires.
Faça um curso de 1 a 5 dias na Escola de Joalheiros da Universidade da Cidade de Birmingham (www.schoolofjewellery.co.uk), de junho a agosto.
COMPRAS DE JOIAS EM LONDRES

Além das joalherias da Bond Street, Londres tem dois outros bairros famosos que vendem joias:
Hatton Garden (www.hatton-garden.net) está no limite da cidade de Londres e abriga mais de 300 negócios relacionados ao ofício da joalheria, sendo mais de 30 lojas. O local se desenvolveu depois da corrida do ouro de Kimberley do século XIX, e na década de 1870 foi fundado o bairro das joias de Londres. Hatton Garden costuma ser a primeira opção para muitas pessoas à procura de alianças de noivado ou presentes de casamento. No site, é possível baixar um ótimo guia de caminhada histórica.
Se você gosta de prata, siga para London Silver Vaults (www.thesilvervaults.com), saindo da Chancery Lane, "a maior coleção do mundo de pratas para varejo". O local começou como o “cofre seguro de Chancery Lane”, em 1876, para pessoas ricas que queriam guardar seus objetos de valor, mas na Segunda Guerra Mundial abrigou muitos comerciantes de prata e logo se tornou um ponto turístico de Londres. Lá é possível comprar e vender prata ou avaliar ou consertar peças de família.

NOVOS DESIGNERS
A Associação de Joalheiros Britânicos (www.bja.org.uk) tem uma lista de joalherias, galerias e exposições, como a Dazzle (Londres) ou The Jewellery Show (Birmingham), e sugestões de peças sob encomenda.
A premiação de joias do Reino Unido (www.ukjewelleryawards.co.uk) ocorre todos os anos no mês de julho, e identifica os melhores do segmento, visitando designers em seus ateliês e enviando funcionários disfarçados de compradores para avaliar o trabalho deles.
Veja também The Cut (www.thecutlondon.com), que tem uma lista de novos designers de joias sofisticadas em Londres.
Artigo com diretos autorais livres de Sophie Campbell

Mais informações:

Mitsi Goulias
Gerente de Imprensa e Relações Públicas – VisitBritain Brazil
T: + 55 11 3245-7653
E: mitsi.goulias@visitbritain.org
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