sexta-feira, 24 de junho de 2011

Avanços na medicina permitem aos baixinhos ganharem alguns centímetros

A esperança de ver a cria ganhar alguns centímetros a mais tem levado muitos pais a buscarem os consultórios de especialistas em crescimento. Não foi diferente com a administradora Meire Lúcia Ribeiro Parolini, que acompanha o filho Luiz Paulo Parolini, de 13 anos, numa batalha bem-sucedida com a fita métrica.

Quando iniciou o tratamento para crescer, Luiz Paulo estava sete centímetros abaixo da estatura média indicada para sua idade. Era o menor aluno da sala e tinha atraso na idade óssea. “Eu e meu marido não somos muito altos, mas, como o Luiz sempre quis ser jogador de futebol, achamos melhor investigar o caso e investir num tratamento para ele crescer”, conta Meire.

Depois de seis anos de acompanhamento, o menino alcançou o percentil de estatura média para a população de sua idade. Com melhoria da dieta, prática de atividade física e suplementação de vitaminas e minerais (principalmente zinco, vitamina D e ferro, que estavam deficientes), ele conseguiu, inclusive, adiar a reposição hormonal. “Já estava previsto o uso do hormônio do crescimento, mas o desempenho dele foi tão bom que o médico decidiu deixar para reavaliar, futuramente, a situação. Ele agora está entrando no chamado estirão puberal e deve ganhar um novo impulso de crescimento”, diz.

Quem também está empolgada com os resultados do tratamento é Delmaria Veloso Santos Braga, mãe de Lívia Veloso Braga, de 7. Com diagnóstico de deficiência na produção do growth hormone ou GH (hormônio do crescimento) e hipotireoidismo, aos 4 anos e meio a menina tinha idade óssea de 2 anos. “Não era só um problema de estatura. Ela tinha dificuldade em acompanhar as crianças da mesma idade nas brincadeiras que exigiam mais equilíbrio, flexibilidade e coordenação. Até para subir e descer escadas ela enfrentava problemas”, lembra.

Graças à reposição dos hormônios tireoidiano e do crescimento, Lívia está quase na média de estatura para sua faixa etária e a idade óssea também evoluiu. Segundo a mãe, o acompanhamento é rigoroso e, de seis em seis meses, é realizada uma bateria de exames para avaliar seu desempenho. “Nós nos preocupamos com o fato de a baixa estatura causar problemas de autoestima. Agora, sabemos que ela está se desenvolvendo bem, dentro do seu potencial genético”, diz.

Marcador

O crescimento adequado, de fato, é um marcador importante na qualidade da saúde de uma criança. Segundo o endocrinologista Geraldo Santana, diretor do Instituto Mineiro de Endocrinologia, a baixa estatura envolve processos orgânicos e até psicossociais. “O problema pode estar ligado a várias causas, como questões nutricionais, deficiências hormonais, doenças crônicas (respiratórias, cardíacas, renais, gastrointestinais, alergias), hereditariedade e doenças genéticas, entre outros fatores”, explica o médico.

As causas mais comuns, contudo, são a baixa estatura familiar, quando está ligada à estatura dos pais, e a baixa estatura constitucional, quando depende da própria constituição física e genética do indivíduo. Entre as causas hormonais estão principalmente as deficiências do hormônio de GH e problemas na tireoide (hipotireoidismo). “Algumas deficiências de hormônio do crescimento podem ser causadas por lesões neurológicas, como tumor de hipófise ou hipotálamo. Por isso, merecem uma investigação mais detalhada antes de se iniciar o tratamento”, recomenda.

Fonte e créditos:
Diariodepernambuco.com.br
Do Estado de Minas

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