sexta-feira, 24 de junho de 2011

O avanço da medicina para a calvície



Durante muitos anos, a calvície foi considerada uma doença incurável.

Com os avanços da tricologia – especialidade médica responsável pelo tratamento de doenças capilares, os recursos diagnósticos são mais precisos permitindo um tratamento específico para cada tipo de queda de cabelo.

A calvície ou alopecia androgenetica, queda de cabelo geneticamente determinada é uma das causas de diminuição progressiva do volume capilar que acomete tanto homens quanto mulheres a partir da puberdade.

Nos homens, geralmente a tendência genética é herdada da mãe e está relacionada a presença de um receptor hormonal nos fios de cabelo da parte superior da cabeça. Um metabólito hormonal – DHT – dehidrotestosterona é o grande vilão da história. Ao se ligar ao receptor geneticamente determinado promove uma atrofia dos fios. Não ocorre queda e sim uma diminuição progressiva do volume capilar. De acordo com a intensidade da tendência genética, ocorrem os graus mais variados de calvície, desde a rarefação capilar frontal – as temíveis “entradas”, até a calvície difusa.

Nos casos onde a diminuição de volume capilar é acompanhada de queda de cabelo – o paciente vê fios soltos durante o banho, no travesseiro, ao pentear-se, não se trata somente de calvície. Há necessidade de um diagnóstico preciso pois existem mais de 2500 causas de queda de cabelo que podem imitar e facilmente ser confundidas com a calvície, desde alterações metabólicas, nutricionais, hormonais e locais.

O mesmo receptor hormonal determinante da calvície também está presente em outras regiões do corpo, determinando uma série de alterações tais como aumento da oleosidade da pele, aumento de pelos em outras regiões do corpo como tórax e abdome, aumento da predisposição de acúmulo de gordura no fígado – esteatose hepática e ao longo dos anos uma predisposição ao aumento progressivo da próstata, a hiperplasia prostática benigna.

Felizmente hoje, existem fármacos capazes de bloquear esta ação hormonal prejudicial, podendo suspender a progressão da doença e até reverter a atrofia capilar.

Com os avanços da medicina, conseguimos deteminar com exatidão laboratorial a presença ou não desta enzima no organismo, quantifica-la e garantir um diagnóstico preciso e um tratamento correto. O uso indiscriminado destes medicamentos, assim como qualquer outro , sem um diagnóstico preciso, além de não promover o efeito de reversão da atrofia capilar, pode desencadear sérios efeitos colaterais sistêmicos.

As mulheres também sofrem de calvície feminina. Nem sempre está relacionada a alterações hormonais e na maioria dos casos está associada a outras causas de queda de cabelo. Nestes casos, há necessidade de um diagnóstico preciso clínico e laboratorial para determinar exatamente o fator causal, bloquear a ação enzimática e reverte a atrofia capilar.

Mesmo os casos de calvície avançada, o que vai determinar o sucesso terapêutico é a viabilidade folicular, ou seja, presença de microfolículos nos “poros” capilares, capazes de serem estimulados.

Com o auxílio de um equipamento – o vídeo tricograma- capaz de produzir imagens capilares em aumentos de 100 a 200 vezes, pode-se determinar a presença destes folículos, as vezes invisíveis ao olho nu. Mesmo nos casos onde não existem mais fios viáveis, modernas técnicas de transplante folicular garantem o sucesso terapêutico. Além da viabilidade folicular, o sucesso terapêutico depende da integridade do couro cabeludo. Muitas vezes, a calvície é acompanhada de atrofia do couro cabeludo, impedindo a nutrição, oxigenção e sustentação do fio capilar. Nestes casos geralmente o paciente que encontra-se em tratamento clínico – medicamentoso – de calvície ou queda de cabelo , queixa-se de uma melhora inicial do crescimento capilar, mas com constantes recidivas – períodos de piora queda. O diagnóstico de atrofia capilar associado a calvície e as demais quedas de cabelo é de fundamental importância no tratamento capilar, muitas vezes sendo a principal causa de insucesso nos tratamentos clínicos e até mesmo de transplantes foliculares.

Além da necessidade de investigar as possíveis causas de atrofia capilar e o tratamento das mesmas, modernas técnicas de biorregeneração, utilizadas em medicina desde a década de 30 no tratamento de feridas, queimaduras, recuperação pós cirúrgica, são aplicadas no couro cabeludo, podendo ser utilizadas nos tratamentos clínicos das mais diversas causas de queda de cabelo até no preparo e no pós transplante capilar, promovendo uma regeneração da pele e garantindo uma nutrição e sustentação do novo fio a longo prazo.

Na verdade, o avanço da medicina nos mostra cada vez mais que o cabelo é o reflexo do estado de saúde global do organismo, permitindo o diagnóstico e tratamento precoce de diversas doenças e uma melhora da qualidade de vida.

Fonte e créditos:
http://www.clinicashalon.com.br

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